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MEDICINA FAZ MILAGRES
Os pesquisadores desenvolveram as células do tumor que acometia Gregoire em camundongos de laboratório, para que pudessem testar simultaneamente a reação do tumor a dezenas de possibilidades de remédios sem expor o paciente aos possíveis efeitos colaterais.
Com isso, eles descobriram que o câncer de Gregoire podia ser tratado com a droga mitomicina-C, uma droga que inibe a divisão das células tumorais. O paciente vinha recebendo doses de quimioterapia padrão para câncer de pâncreas, sem resultados, mas se recuperou rapidamente com o novo tratamento.
Paralelamente ao estudo do efeito dos remédios com a ajuda dos camundongos, os médicos sequenciaram o DNA das células cancerígenas do paciente para identificar a mutação genética responsável pelo desenvolvimento do câncer. "Analisamos cerca de 20 mil genes e encontramos uma mutação em um deles que explica por que o tumor responde bem à mitomicina-C", relata Hidalgo.
Assim, será possível no futuro identificar se outro paciente tem um tumor com a mesma variação genética que a de Gregoire, eliminando a necessidade do procedimento com os camundongos.
O estudo do caso de Mark Gregoire foi relatado em um artigo publicado na última edição da revista especializada Molecular Cancer Therapeutics. Segundo Hidalgo, a técnica com o transplante do tumor a camundongos vem sendo ainda testada com outros 15 pacientes, com nível de sucesso semelhante.
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