Cirurgia de redução de estômago pode ter efeito cascata. Os membros da família do paciente que realiza o procedimento também tendem a perder peso, alimentar-se melhor e se exercitar mais, segundo novo estudo.
Todos os anos, aproximadamente 200 mil pessoas realizam a cirurgia mais comum de redução do estômago, conhecida como by-pass gástrico em Y de Roux, que ocasiona a perda significativa de peso e melhorias na saúde em geral.
A fim de descobrir se os efeitos podem ser transmitidos para pessoas próximas, pesquisadores da Universidade Stanford recrutaram 35 pessoas que se preparavam para realizar a cirurgia. Eles as acompanharam, bem como suas famílias, durante um ano, inclusive os filhos. Os parentes acompanharam os pacientes a oito sessões de aconselhamento, onde eles aprenderam sobre o controle das porções e sobre nutrição.
Um ano após a cirurgia, os pacientes haviam perdido em média 45 kg e o índice de massa corporal médio passou de 48,7 para 33,3. Os maridos e as esposas dos pacientes e os membros da família que estavam acima do peso perderam nesse meio tempo uma média de 4,5 kg e viram o IMC (índice de massa corporal) baixar de 38 para 36,3 em média, o equivalente ao peso perdido nos testes médicos controlados.
"Se a família da pessoa se compromete e se envolve, os resultados são melhores para o paciente. Porém, similarmente, os membros da família também pode se beneficiar", afirma John Morton, diretor de cirurgia bariátrica da escola de medicina de Stanford e um dos autores do estudo, publicado na segunda feira passada na revista "The Archives of Surgery".
ANAHAD O'CONNOR
DO "NEW YORK TIMES"
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