10.25.2011

MÃE, TÁ DOENDO!!

Conheça as principais queixas das crianças

Rio - Dores em crianças são mais comuns do que se imagina e, ao contrário do que muitos acreditam, não têm nada a ver com manha ou birra. A partir dessa premissa, a Sociedade  Brasileira de Pediatria (SBP) elaborou o “Consenso sobre Dores Pouco Valorizadas em Crianças”. O material reúne informações para ajudar pediatras a diagnosticarem e tratarem oito tipos de dores que, embora recorrentes, muitas vezes não recebem a atenção devida.

“Existe uma ideia falsa de que criança não sente dor. Nossa intenção é mostrar que esse tipo incômodo não é exclusivo de adultos. Pelo contrário: algumas dores podem significar problemas graves infantis”, afirma o coordenador do consenso, o pediatra Claudio Len.
Arte: O Dia
Arte: O Dia
“Diversos estudos mostram que quando a criança sente dor por um longo período e não tem tratamento adequado, desenvolve uma memória dolorosa e se torna um adulto mais sensível à dor”.

Segundo o especialista, o manual aborda dois tipos de dores: as comuns, mas que podem apontar diversos tipos de doenças (como dores abdominais e de cabeça); e as menos usuais, cujos tratamentos são mais específicos.

“Cerca de 1 a 6% dos adolescentes, por exemplo, sofrem de fibromialgia, um tipo de dor que acomete todo o corpo. O número não é inexpressivo, prova que o problema existe. Se a fibromialgia não for tratada na infância, o paciente se torna um adulto extremamente limitado, física e mentalmente”, explica.

De acordo com Claudio, as queixas de dor correspondem a mais de um terço das consultas pediátricas. A mais frequente é a dor de cabeça recorrente — cuja causa mais comum é a enxaqueca. Em seguida, vem a dor abdominal — 10% das crianças em idade escolar sofrem do mal..

“Investigar o que causa a dor é fundamental, pois evita que os pequenos pacientes tomem medicação sem necessidade. Uma criança esportista que tem dores, por exemplo, não deve tomar anti-inflamatório seguidamente. É preciso que o pediatra descubra o que está causando o problema. O documento auxilia o pediatra nesse diagnóstico”.
POR CLARISSA MELLO- O Dia

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