10.29.2012

Pequena gigante

E cresce tão rápido, como a minha pequena cresce.E eu a vejo correndo com ares de menina travessa, com ares de quem ainda tem tanto a crescer, mas basta um olhar mais atento que eu passo a perceber o tanto que ela já cresceu, o quanto que sua infância já rendeu e o tanto que eu sinto orgulho de olhar aqueles olhinhos castanhos bonitos, profundos e fortes.Basta um olhar mais atento e eu percebo seus ares de mulher sendo definidos, seu corpo desenvolvendo, sua postura se modificando.Ontem eu mesma era nova demais para perceber certos detalhes, nova o bastante para me irritar com suas birras, seus choros, suas criancices.E fora praticamente ontem que seus segredos começaram a ser revelados, que minhas histórias também foram ditas para aquela pessoinha tão pequena e já tão, tão encantadora.E eu gosto tanto de ouvir suas histórias, de escutar seus medos, suas aventuras, suas espertezas.Gosto tanto quando ela escreve sobre tudo e sobre todos, quando lê com curiosidade tudo o que os olhinhos que eu tanto gosto conseguem captar.Gosto de lembrar de nossas viagens juntas, do “camundongo” e do gato do rio, das histórias do chá em auto-mar. Eu gosto tanto, mas tanto dessa minha morena. Morena dos cabelos lisos, do olhar rasteiro, do riso malandro de quem sabe o que quer, quando quer e como quer.Minha morena geniosa, minha menina.E eu sei,pequena, que posso contar com você.sei disso quando você, cansada ou não, escuta minhas histórias, apóia minhas loucuras, escolhe meus amores, tira sarro de meus atos, fica brava com minhas preguiças e esquecimentos.O amor é algo profundamente encantador, ele defini nossas ações com total poder que acaba sendo praticamente impossível não se encantar com certas coisas, como o fato da minha pequena estar crescendo, por exemplo.O amor torna impossível a gente não se preocupar, importar, querer bem.Torna impossível não olhar nos olhos dela e se sentir feliz, se sentir cada vez mais tia, mais parte dela.Torna impossível aos meus olhos não se emocionarem.E mais impossível ainda é não querer participar de todos os seus processos, de todos os seus períodos. Impossível não te amar, minha Rafaella.
 

Um comentário:

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

LIndo. Simplesmente lindo.