Judias só podiam orar em silêncio e longe de homens.
Policiais escoltaram grupo de ativistas feministas durante ritual.


Manifestantes ultraortodoxos tentaram passar à força, alguns chamando os policiais de nazistas, outros insultando as ativistas.
Lançaram garrafas de água, sacos de lixo, cadeiras de plástico e ovos tanto contra os policiais quanto contra as mulheres, contou um jornalista da agência.
Dois policiais ficaram feridos sem gravidade. A polícia deteve cinco ultraortodoxos por "desordens públicas", indicou o porta-voz.

Por mais de 20 anos, estas ativistas feministas pediram às autoridades que fossem autorizadas a rezar no Muro das Lamentações - o local mais sagrado do judaísmo, último vestígio do segundo Templo destruído pelos romanos no ano 70 da era cristã - em voz alta, vestindo o xale de oração, tefilins, o solidéu e lendo a Torá, uma maneira de orar tradicionalmente reservada aos homens.
Até agora, as mulheres judias podiam orar ao pé do Muro das Lamentações, mas em estrito silêncio e afastadas dos homens. Se não respeitassem isso, corriam o risco de ser detidas pela polícia ou incomodadas por ultraortodoxos.

"Pudemos realizar uma oração histórica, embora tenha sido difícil", declarou a porta-voz da associação, Shira Pruce.
Segundo ela, 400 ativistas participaram desta oração. "Estamos muito orgulhosas e muito felizes por termos podido rezar livremente e em paz", disse, ao mesmo tempo em que saudou a ação da polícia.


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