5.11.2013

A maior incidência das doenças respiratórias no clima frio



O inverno ainda não chegou, mas o frio e suas consequências já estão presentes.

O inverno só começa oficialmente em 21 de junho, mas desde já o frio vem dando as caras e fazendo com que resfriados, doenças respiratórias e seus demais sintomas se tornem presentes no dia-a-dia da população.

Nesse clima, a baixa umidade, as mudanças bruscas de temperatura e o aumento da poluição do ar são os principais motivos de preocupação, especialmente para quem já tem doenças respiratórias crônicas. A época também provoca queda da imunidade das pessoas, tornando-as mais predispostas a ficar com esses problemas mais comuns decorrentes do clima frio e seco.

 As baixas temperaturas e as chegadas das massas de ar frio propiciam a congestão do nariz, dos seios da face e dos ouvidos, e podem gerar sintomas típicos dos resfriados, como obstrução nasal, dor na face, coriza e espirros. “As baixas temperaturas e os resfriados criam as condições propícias para a propagação dos vírus das gripes, que se disseminam no inverno. Isso fica ainda mais forte porque, para evitar o frio, as pessoas ficam em ambientes fechados, o que faz com que torna ainda mais fácil a passagem dos vírus entre as pessoas”.
Outro fator comum nesta época do ano é a presença da neblina e da inversão térmica, responsáveis por um maior acúmulo de poluentes na atmosfera, o que faz com que a qualidade do ar que a população respire fique pior.

As doenças respiratórias mais comuns
 As doenças decorrentes do clima frio que mais atingem a população são, além do resfriado e da gripe  que são diferentes, - “a gripe é causada normalmente pelo vírus da influenza. Caracteriza-se por um quadro de infecção mais intenso. Pode apresentar febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e calafrios. Coriza, tosse e faringite podem ficar em segundo plano. Uma gripe mal curada pode resultar em sinusite ou pneumonia. O resfriado tem os mesmos sintomas, mas aparecem de uma forma mais branda. O resfriado não impede ninguém de ir ao trabalho, estudar, ou de qualquer outra atividade cotidiana, a gripe pode impedir”. A bronquite, a rinite, a sinusite, a otite, a asma, a faringite, a pneumonia, entre outros, são algumas das doenças que podem aparecer em decorrência do clima frio.

Os principais responsáveis pelas infecções respiratórias agudas são os vírus, que somam mais de 90% dos casos, e as bactérias.  As reações alérgicas, como a rinite, por exemplo, são causadas, em sua grande maioria, pelos ácaros – microorganismos encontrados na poeira. “A asma, doença genética, não tem cura, mas sim controle”. 

Em muitos casos é possível evitar as doenças respiratórias seguindo algumas dicas simples, como por exemplo, sempre deixar o ambiente ventilado. “Não importa se está frio ou chovendo. É preciso deixar pelo menos uma fresta da janela aberta – e isso deve ser levado muito em consideração por quem anda de ônibus, já que não se conhece as pessoas que estão ao seu redor e muito menos se elas estão com alguma doença respiratória”.

 Outras dicas são lavar as mãos frequentemente durante todo o dia, beber bastante água, mesmo sem sentir sede, evitar o acúmulo de poeira em casa, lavar e secar ao sol mantas, cobertores e blusas de lã guardadas por muito tempo.
A associação dos fatores: baixas temperaturas, maior frequência de viroses e aumento da poluição atmosférica, faz do inverno uma estação muito propícia para as doenças respiratórias. “Por isso, se cuidar nunca é demais. E lembre-se, nunca se automedique. Se estiver com algum problema, vá ao seu médico especialista”.   
Dr. Alexandre Cercal

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