1.03.2014

Ultrapassagens proibidas são principal causa de mortes em rodovias



A Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou, na operação especial para as festas de fim de ano, que os acidentes mais fatais nas rodovias federais foram causados por ultrapassagens ilegais. Em 13 dias de operação, esse tipo de ultrapassagem liderou o número de infrações, com 20,66% (7007 em números absolutos).



Rodovias da morte


"O tipo de acidente que mais mata é a colisão frontal, e ela é ocasionada por ultrapassagens proibidas", afirmou o coordenador geral de operações substituto da PRF, Stênio Pires. Apesar de representar apenas 3% dos acidentes registrados, as colisões frontais são responsáveis por 32% dos óbitos nas estradas (83 mortes durante o feriado).


No acumulado do ano, foram registradas 379 mortes nas rodovias federais, número inferior a 2012, quando 420 pessoas morreram nessa modalidade de via. A PRF pondera que a redução é ainda mais expressiva se levado em consideração o aumento da frota. A estimativa é que a quantidade de veículos tenha aumentado 7,5% de um ano para o outro e chegue a 81,7 milhões.

Entre os dias 20 de dezembro de 2013 e 1º de janeiro de 2014, foram registrados 6.651 acidentes. Já entre 20 de dezembro de 2012 e 1º de janeiro de 2013, o número de ocorrências foi maior: 7.407. O coordenador geral de operações substituto da PRF atribuiu a redução a uma fiscalização mais rigorosa e a um planejamento melhor por parte das autoridades competentes.

Acidentes envolvendo saídas de pista ficam em segundo lugar na estatística de letalidade durante o feriadão. Segundo Stênio Pires, a saída de via não costuma provocar tantas mortes, mas no fim de 2013 o excesso de chuvas ajudou a aumentar os acidentes.

Infrações
A principal infração registrada nas rodovias federais durante o feriadão foi ultrapassagens na contramão, que representa 20,66% (7.007 casos). A falta de licenciamento do veículo e da habilitação do motorista vêm na sequência com 7,35% e 5,67% do total, respectivamente.

Dirigir sob influência de álcool representou 2,94% das infrações, com um total de 996 autuações. O coordenador geral de operações substituto da PRF, Stênio Pires, afirma que “é da cultura do brasileiro beber e dirigir” e garante que “até que se mude essa cultura, a Polícia Rodoviária Federal continuará a fazer uma apuração rigorosa”.

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