Debate na TV incita 'Fla-Flu' eleitoral nas redes sociais
Apoiadores de Dilma Rousseff e Aécio Neves repercutem embates na TV
Rio - O acirramento de Dilma Rousseff
(PT) e Aécio Neves (PSDB) no debate da Band repercutiu no mesmo tom nas
redes sociais. Uma avalanche de comentários tomaram conta do Twitter e
no Facebook e continuaram a bombar na quarta-feira. Segundo a emissora, o
encontro gerou mais de 1,2 milhões de tuítes, um volume 52% maior que o
número de mensagens postadas no primeiro turno. O nome de Aécio chegou a
ser mencionado 2,721 vezes por minuto no Twitter, enquanto Dilma
atingiu 2,188 posts por minuto.
No momento do debate, predominaram
reproduções de frases polêmicas, ataques e comentários sobre o
desempenho dos candidatos. O escrutínio atingiu as roupas, expressões,
movimento corporal e problemas de dicção dos oponentes. Também deram as
caras os engraçadinhos. Até o ex-presidenciável Eduardo Jorge (PV)
entrou na onda dizendo que estava com “saudades do menino debate”
Já na quarta, o embate era para
decretar quem foi o “vencedor” do encontro, com os militantes de cada
lado exaltando as partes boas e ignorando as falhas de seu
favorito. “Nas redes, mais o que importa é a versão que é vendida do
debate”, analisa o cientista político. “O clima é muito de torcida. As
pessoas falam para seus pares em um movimento de fortalecimento de
iguais”, completa o sociólogo da UFRJ Paulo Baía. Para ele, quem procura
se informar para escolher seu candidato deve ser cauteloso com as
informações que circulam na internet.
“O ambiente das redes não é o mais
propício porque está muito acirrado e radicalizado. A questão da
intolerância atrapalha o debate”, afirma ele, que diz ter visto muitas
informações distorcidas na internet. Ricci também avalia que os nervos
estão à flor da pele, principalmente depois do episódio de insultos
preconceituosos contra os nordestinos no Twitter.
“Aquilo gerou uma revolta muito grande e contaminou as redes. O clima ficou muito emocional”, avalia.
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