- O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) afirmou nesta segunda (06) que um eventual processo de impeachment que afaste a presidente Dilma Rousseff é uma hipótese "impensável" para "o momento atual" e que a petista está "tranquila" diante do cenário político.
"Vejo essa pregação com muita preocupação. Não podemos
ter a essa altura uma tese desta natureza sendo patrocinada
por vários setores", disse Temer, em coletiva de imprensa ao
lado dos ministros Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia) e
Gilberto Kassab (Cidades), além do líder do governo no
Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).
Temer pediu ainda "tranquilidade", negou que o Brasil passe
por uma crise política e destacou que o impedimento de Dilma
poderia levara uma "crise institucional indesejável para o País".
Temer ironizou ainda a fala do presidente nacional do PSDB,
senador Aécio Neves, que, ao ser reconduzido ao comando
do partido neste final de semana, disse que o fim do governo
de Dilma Rousseff pode acontecer "mais breve do que alguns
imaginam" e sugeriu que o PSDB pode voltar ao Planalto.
Questionado sobre o tema, Temer disse esperar que um novo
governo tucano só ocorra nas eleições programadas para 2018.
Temer evitou polemizar com os tucanos e disse que o PSDB
está "fazendo o seu papel". Mas pediu que qualquer espécie
de crise institucional seja deixada de lado, entre outras razões
porque repercute negativamente em outros países sul-americanos.
Ele disse ainda desconhecer qualquer conversa mantida entre
integrantes do PMDB e do PSDB para um possível apoio dos
tucanos caso Temer assuma a Presidência na eventualidade de um impeachment de Dilma.
Qualquer sondagem de peemedebistas nesse sentido não foi
institucional, mas algo isolado, minimizou Temer: "não há razão
para esse tipo de conversa. Queremos manter a chapa tal qual
eleita para todo o mandato."
A coletiva de imprensa ocorreu após a reunião de coordenação
política semanal comandada por Dilma. Na tentativa de esfriar
a tese do impeachment, Temer afirmou ainda que os presidentes
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), não estão alimentando a ideia.
"Não creio que eles estejam dispostos a isso", declarou Temer,
para quem, apesar de "litigâncias" pontuais, há "harmonia"
entre os poderes Executivo e Legislativo
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