10.13.2015

Lula: Dilma 'fez pedaladas' para pagar Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida

Ex-presidente falou em São Bernardo, durante congresso de agricultores.
TCU  não tem moral para rejeitar as contas do governo devido às 'pedaladas'.

Glauco Araújo Do G1 São Paulo
O ex-presidente Lula durante o I Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores, em São Bernardo do Campo (SP) (Foto: Glauco Araújo/G1) 
O ex-presidente Lula durante o I Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores, em São Bernardo do Campo (SP)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (13), em São Bernardo do Campo (SP), que a presidenta Dilma Rousseff fez as chamadas "pedaladas fiscais" como meio de assegurar o pagamento dos programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida.
 
Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a rejeição das contas do ano passado do governo federal devido,  ao atraso nos pagamentos dos benefícios a bancos públicos.
Por causa do adiamento das transferências a instituições financeiras como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES, esses bancos tiveram de usar recursos próprios para honrar os programas federais, em uma espécie de "empréstimo" ao governo, manobra contábil apelidada de “pedalada fiscal”.
"Agora, estou vendo a Dilma ser atacada pelas pedaladas. Não conheço o processo, não li. A Dilma, em algum momento, ela tenha deixado de repassar dinheiro do Orçamento para a Caixa, não sei, por conta de algumas coisas que ela tinha de pagar e não tinha dinheiro. E qual eram as coisas que ela tinha de pagar? Ela fez as pedaladas para pagar o Bolsa Família. Ela fez as pedaladas para pagar o Minha Casa, Minha Vida", disse Lula durante discurso no 1º Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores.

Além de Lula, participaram do evento de pequenos produtores rurais o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), o secretário de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT), e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias (PT).
O ministro falou sobre a possibilidade de abertura de um processo de impeachment da presidente Dilma. "Não vamos recuar na democracia. Quem ganhou governa. É assim na democracia e quem perdeu tem de se preparar para a próxima eleição. Precisamos fazer acertos econômicos. Temos desafios, mas não vamos perder o rumo",

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