Medicamentos sem receita podem
prejudicar fígado, rim e até levar à morte, advertem especialistas. O
alerta foi reforçado por matéria publicada no site R7 (4/1), que
recomenda moderação na prática. “O paciente nunca deve tomar este tipo
de remédio por mais de dois dias sem orientação médica. Deve usar a
menor quantidade possível, para aliviar uma dor, e não ficar repetindo o
seu uso”, disse Paulo Picon, consultor do comitê de
medicamentos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, que defende a
limitação legal para a venda de qualquer medicamento.
Ele cita como exemplo o analgésico
paracetamol que, se ingerido em dosagem alta (7 gramas), pode gerar
necrose hepática. Segundo ele, a dipirona também oferece o mesmo risco,
já que pode causar a forma mais grave das anemias, independentemente da
dose – e, em casos extremos, levar à morte. Também há perigo no uso
indevido de antiácidos (que podem causar cálculos renais) e de laxantes
(sob o risco de “acomodar” o intestino), orientou Picon.
A automedicação também prejudica o
controle e tratamento dos efeitos colaterais. A reportagem registrou, de
acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas
(Abifarma), que, a cada ano, cerca de 20 mil pessoas morrem no Brasil,
vítimas da automedicação (números que incluem fármacos isentos de
receita, como colírios e descongestionantes) e que os medicamentos são
causa de 28% de todas as notificações de intoxicações registradas pelo
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da
Fiocruz.
Os dados também mostram que o número de
farmácias por habitantes no Brasil – uma para cada 3 mil – é superior ao
que recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS) – uma para cada 8
mil -, não contabilizando medicamentos ofertados em feiras livres e pela
internet. Além disso, há no país número superior a 12 mil substâncias e
32 mil rótulos de remédios disponíveis no mercado brasileiro, quando o
limite recomendado pela OMS é de 300 rótulos ou 6 mil substâncias para
cada país.
Com informações da Revista Radis (edição de fevereiro de 2016)
A medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINTOX), em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação.
O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o medicamento for um antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos. (Hoje já não pode ser vendido medicamentos, que tenham antibióticos na sua composição sem receituário médico Próprio).
Outra preocupação em relação ao uso do medicamento refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro.
O uso de medicamentos de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.
Conceito
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existe o uso racional de medicamentos (URM) quando “os pacientes recebem medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, em doses e períodos adequados às particularidades individuais, com baixo custo para eles e sua comunidade”. A definição foi proferida durante Conferência de Nairobi, Quênia, em 1985.
Tipos de Uso Irracional de Medicamentos
O Ministério da Saúde criou, em março de 2007, um Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM) – uma instância colegiada, representativa de segmentos governamentais e sociais afins ao tema e com caráter deliberativo.
O Comitê tem como papel propor estratégias e mecanismos de articulação, de monitoramento e de avaliação de ações destinadas à promoção do URM. Para garantir as implementações das ações, foi criado o Plano de Ação, composto por vertentes em quatro áreas: regulação, educação, informação e pesquisa.
Educanvisa
Com o objetivo de facilitar o aprendizado de temas complexos em saúde para o ensino fundamental, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou os jogos educativos Trilha da Saúde e Memória, disponíveis no site da Anvisa. O material didático serve como apoio ao aprendizado sobre propaganda e o uso racional de medicamentos.
O lançamento dos jogos educativos aconteceu em Santa Catarina, durante encontro realizado para apresentação do Programa Educanvisa, no projeto político-pedagógico das escolas para o biênio 2008/2009. A Educanvisa contempla orientações sobre o consumo responsável de medicamentos e de outros produtos sujeitos à vigilância sanitária, além dos riscos da automedicação e da influência da propaganda enganosa, abusiva e errônea.
Hospitais Sentinelas
Para incentivar o uso racional de medicamentos, a Anvisa também desenvolve ações na área de farmacovigilância. Um exemplo é o programa Rede de Hospitais Sentinela, que reúne um conjunto de hospitais e unidades de todo o país. Cada hospital integrante da rede possui um responsável por notificar efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos.
Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde.
Os Perigos da Automedicação
Quem nunca tomou um medicamento sem prescrição após uma dor de cabeça ou febre? Ou pediu opinião a um amigo sobre qual medicamento ingerir em determinadas ocasiões? A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina.A medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINTOX), em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação.
O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o medicamento for um antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos. (Hoje já não pode ser vendido medicamentos, que tenham antibióticos na sua composição sem receituário médico Próprio).
Outra preocupação em relação ao uso do medicamento refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro.
O uso de medicamentos de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.
Conceito
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existe o uso racional de medicamentos (URM) quando “os pacientes recebem medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, em doses e períodos adequados às particularidades individuais, com baixo custo para eles e sua comunidade”. A definição foi proferida durante Conferência de Nairobi, Quênia, em 1985.
Tipos de Uso Irracional de Medicamentos
- Uso abusivo de medicamentos (polimedicação);
- Uso inadequado de medicamentos antimicrobianos, frequentemente em doses incorretas ou para infecções não-bacterianas;
- Uso excessivo de injetáveis nos casos em que seriam mais adequadas formas farmacêuticas orais;
- Prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas;
- Automedicação inadequada, frequentemente com medicamento que requer prescrição médica.
- Em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada.
- Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais.
- Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta.
O Ministério da Saúde criou, em março de 2007, um Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM) – uma instância colegiada, representativa de segmentos governamentais e sociais afins ao tema e com caráter deliberativo.
O Comitê tem como papel propor estratégias e mecanismos de articulação, de monitoramento e de avaliação de ações destinadas à promoção do URM. Para garantir as implementações das ações, foi criado o Plano de Ação, composto por vertentes em quatro áreas: regulação, educação, informação e pesquisa.
Educanvisa
Com o objetivo de facilitar o aprendizado de temas complexos em saúde para o ensino fundamental, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou os jogos educativos Trilha da Saúde e Memória, disponíveis no site da Anvisa. O material didático serve como apoio ao aprendizado sobre propaganda e o uso racional de medicamentos.
O lançamento dos jogos educativos aconteceu em Santa Catarina, durante encontro realizado para apresentação do Programa Educanvisa, no projeto político-pedagógico das escolas para o biênio 2008/2009. A Educanvisa contempla orientações sobre o consumo responsável de medicamentos e de outros produtos sujeitos à vigilância sanitária, além dos riscos da automedicação e da influência da propaganda enganosa, abusiva e errônea.
Hospitais Sentinelas
Para incentivar o uso racional de medicamentos, a Anvisa também desenvolve ações na área de farmacovigilância. Um exemplo é o programa Rede de Hospitais Sentinela, que reúne um conjunto de hospitais e unidades de todo o país. Cada hospital integrante da rede possui um responsável por notificar efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos.
Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário