O
senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse, nesta segunda-feira (8),
durante discurso no Plenário, que as novas denúncias contra o presidente
interino Michel Temer deveriam fazer com que o Senado suspendesse o
processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Neste fim de semana, a revista Veja informou que o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht, em sua delação premiada,
afirmou que Temer pediu a ele pessoalmente "apoio financeiro" em maio
de 2014. Dos R$ 10 milhões que a empreiteira repassou, R$ 6 milhões
foram para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e R$ 4 milhões para o
deputado Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil. "E
daí saíram R$10 milhões em caixa dois. Mais grave: R$ 10 milhões em
dinheiro vivo. R$ 6 milhões para campanha do Skaf e R$ 4 milhões
entregues a Eliseu Padilha. Aqui não dá nem para dizer que foi caixa
dois de campanha eleitoral. Dinheiro para Eliseu Padilha. Essas
denúncias são gravíssimas", afirmou Lindbergh, lembrando que o ministro
das Relações Exteriores, José Serra, também seria acusado por Odebrecht
de receber R$ 23 milhões. Senador petista relembrou outras denúncias contra Temer e seus ministrosLindbergh
lembrou que Temer já havia sido mencionado na delação do ex-presidente
da Transpetro Sérgio Machado, segundo o qual teria conversado com Temer
sobre doações eleitorais. Para Lindbergh, além da suspensão do
processo de impeachment no Senado, os dois ministros deveriam ser
afastados de seus cargos e investigados: "Porque não pode ter
investigação só seletiva contra gente do PT. Nós queremos investigação.
Nós não estamos aqui fazendo pré-julgamento. Agora, sinceramente, se
Romero Jucá, porque apareceu em delações, teve que pedir afastamento,
qual a diferença pro ministro Serra e pro ministro Eliseu Padilha. Têm
que ser investigados". Lindbergh se referiu à saída do então
ministro do Planejamento Romero Jucá, ainda no início do governo Temer,
devido a denúncias de que ele teria sugerido um pacto para paralisar a
Operação Lava Jato. Com informações da Agência Senado
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