Benjamin Netanyahu se opõe a um Estado palestino, disse um membro de alto escalão do gabinete de Israel, mas sem esclarecer se o primeiro-ministro dirá isso publicamente nas conversas com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington nesta semana; Netanyahu jamais abandonou explicitamente seu apoio condicional a uma futura Palestina, e seu porta-voz não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre as declarações do ministro da Segurança Pública, Gilad Erdan
Netanyahu jamais abandonou explicitamente seu apoio condicional a uma futura Palestina, e seu porta-voz não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre as declarações do ministro da Segurança Pública, Gilad Erdan.
Erdan pertence ao Likud, partido de direita de Netanyahu cujos membros mais destacados vêm defendendo com frequência uma linha mais dura do que aquela do premiê.
"Acho que todos os membros do gabinete de segurança, e sobretudo o primeiro-ministro, se opõem a um Estado palestino", disse Erdan à Rádio do Exército depois de o gabinete se reunir no domingo, às vésperas da viagem de Netanyahu para se encontrar com Trump na quarta-feira na capital dos EUA.
"Ninguém acha que nos próximos anos um Estado palestino é algo que, Deus nos livre, poderia ou deveria acontecer", afirmou ele na entrevista.
Mas quando indagado se Netanyahu irá expressar essa oposição diante das câmeras quando se reunir com Trump, Erdan respondeu: "O primeiro-ministro tem que pesar as coisas de acordo com o que sente na reunião e com as posições que encontrar lá. Ninguém sabe quais são as posições do presidente e de sua equipe".
Os palestinos querem estabelecer um Estado na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, tendo Jerusalém Oriental como sua capital. Israel capturou estas áreas na Guerra dos Seis Dias de 1967 e retirou seus soldados e colonos de Gaza em 2005.
Citando as atividades de assentamento israelenses, líderes palestinos e a gestão do ex-presidente norte-americano Barack Obama questionaram o comprometimento de Netanyahu, feito em um discurso em 2009, com a chamada solução de dois Estados para décadas de conflito.
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