Bloqueio de ramo esquerdo é uma alteração no eletrocardiograma que não é incomum. Sua freqüência aumenta com a idade, sendo mais freqüente em pessoas com alguma doença cardíaca associada. Interfere na interpretação do teste de esforço, induzindo a uma falta de sincronismo na contração do músculo cardíaco, podendo piorar a função da contração do músculo cardíaco.É raro em pessoas mais jovens, sendo sua incidência em torno de 0.05%. Noventa por cento das pessoas com bloqueio de ramo esquerdo não têm nenhuma doença cardíaca associada. Nestas pessoas o prognóstico é benigno. Nos mais idosos, seu surgimento pode significar a piora de alguma doença cardíaca pré-existente. São as doenças mais comumente associadas: Hipertensão arterial, doença coronariana, miocardites (inflamação no músculo do coração), infecção do coração por bactérias, doença valvular e uso de digoxina.Pacientes com bloqueio de ramo esquerdo isolado, ou seja, sem doença associada, não necessitam de tratamento. Porém, se está associado a desmaios (síncopes), pode ser necessário o emprego de marcapasso cardíaco.
Fonte:Cordis
Bloqueio do Ramo Esquerdo – BRE – Uma alteração Frequente
Semelhante ao bloqueio do ramo direito,
o bloqueio do ramo esquerdo (BRE) é uma alteração comum na prática dos
cardiologistas. Repito o que disse no bloqueio do ramo direito, mas,
desta vez, pensando no lado esquerdo do coração:
“Para que a eletricidade chegue a todo o coração, é necessário fios condutores que são três tipos principais:
- a) Condução Átrio-ventricular (A-V): leva o pulso elétrico do nó sinusal (o gerador) até os ventrículos.
- b) Feixes ventriculares: existe o feixe DIREITO e o feixe ESQUERDO. Estes feixes (fios condutores) levam o pulso elétrico até todas as partes do ventrículo direito e do esquerdo.
O bloqueio do ramo ESQUERDO é
quando ocorre um bloqueio/problema/dificuldade na condução do impulso
elétrico pelo lado esquerdo, pelo feixe (fio) do lado esquerdo do
coração… Por outro lado, o bloqueio do ramo DIREITO é quando este
bloqueio ocorre no feixe que está no lado direito do coração.
Diagnóstico no ECG
Os critérios para o diagnóstico de um bloqueio do ramo esquerdo no eletrocardiograma são: 1)
- O ritmo cardíaco deve ser supraventricular na origem;
- A duração do QRS deve ser ≥ 120 ms 2)
- Deve haver um complexo QS ou rS em V1
- Deve haver uma dentada (em forma de M”) onda R em V6.
- A onda T deve ser desviada em frente ao terminal de deflexão do complexo QRS. Isto é conhecido como discordância onda T adequada com bloqueio de ramo. Uma onda concordantes T pode sugerir isquemia ou infarto do miocárdio.
Esse parágrafo exige uma escrita mais técnicas e o seu médico irá fazer o diagnóstico correto do Bloqueio do Ramo Esquerdo.
Quais as doenças causam este BRE (esquerdo):
Difícil dizer, pois são muitas. Mas, mais importante do que listá-las e
tranquilizar o paciente realizando os exames adequados que mostrarão se
estas alterações são realmente provocadas por uma alteração no coração.
Muitas vezes, o exame clínico do paciente e uma radiografia de tórax já
dão indícios de que a saúde do paciente está boa. Caso o médico persista
com dúvidas, ele poderá lançar mão de exames adicionais/complementares
como o ecocardiograma – este exame trará muitos esclarecimentos para o
cardiologista.
Entretanto, o leque de doenças que pode causar um Bloqueio no Ramo Esquerdo é enorme – mas veja a primeira da lista:
- Paciente normal, saudável, apenas com um BRE no Eletro.
- Insuficiência cardíaca.
- Infarto do miocárdio.
- Arritmias cardíacas.
- Outras.
Mas o BRE mata?
Não! Por si só, o BRE não mata. O que pode matar é a doença de base.
Vamos entender: Se o paciente tem uma insuficiência cardíaca (uma
deficiência importante na musculatura do coração) é a presença desta
doença que causará problemas ao paciente e não a presença do BRE. Então, o seu cardiologista é que terá que controlar a sua doença de base e tentar reduzir a chance de problemas súbitos.
O BRE pode ser normal?
Veja bem. Normal não é.
Mas o paciente pode ter somente este BRE e não ter nenhuma doença de
base que possa preocupar o paciente. O BRE também pode ser intermitente
(ou seja, aparecer e desaparecer dos eletrocardiogramas). Também poderá
ser congênito e estar presente desde o nascimento do paciente, sem
causar nenhum problema ao longo da sua vida.
Dr. Leonardo Alves
Saiba mais:
A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é
algo bastante comum na prática médica diária e o cardiologista lida com
este problema quase todos os dias. Mas o quê é isso? o quê significa?
estou morrendo? ou meu coração está melhor?
Para responder a esta pergunta, precisamos de fazer algumas reflexões e comparações sobre o músculo cardíaco e o músculo esquelético (bíceps, triceps, etc).
Seriam as etapas a seguir:
1 – Carga de peso – A musculatura é exigida.
2 – As fibras musculares (as células musculares) aumentam seu volume.
3 – O músculo esquelético fica mais volumoso e melhor definido.
4 – A força aumenta… quanto mais peso, mais este processo aumenta e a força muscular também aumenta. Isso não traz nenhum mal para os músculos esqueléticos.
1 – Carga de peso (doenças ou hipertensão arterial) – A musculatura cardíaca é exigida.
2 – As fibras musculares (as células musculares) aumentam seu volume.
3 – O músculo cardíaco fica mais volumoso e as paredes das cavidades ficam espessadas.
4 – A força aumenta… quanto mais peso, mais este processo aumenta e a força muscular também aumenta. AQUI COMEÇA A DIFERENÇA: O músculo cardíaco aumenta sua força de contração até certo limite… Ele não se comporta como o músculo esquelético. A partir de um determinado momento, ele começa a não reagir com mais força e sim, com FALÊNCIA MUSCULAR e dilatação. E isso faz um mal muito grande para o coração.
NÃO CONFUNDA:
É importante não confundir. Quando eu digo que o coração não pode “pegar peso” (uma metáfora) estou dizendo que ele não pode trabalhar com a pressão arterial elevada ou com doenças lhe “incomodando”.
Disse o coração… pois uma pessoa pode e deve realizar exercícios físicos e também pode “pegar peso” no sentido real da palavra – se não tiver contra-indicações para a prática de exercícios físicos, a pessoa pode fazer exercícios anaeróbicos e aeróbicos o quanto desejar. Não vamos confundir as duas coisas.
Saiba mais:
Hipertrofia ventricular esquerda – HVE – Tudo Sobre!
Para responder a esta pergunta, precisamos de fazer algumas reflexões e comparações sobre o músculo cardíaco e o músculo esquelético (bíceps, triceps, etc).
O que é hipertrofia?
O músculo que recobre o esqueleto (músculo esquelético) se sente bem com uma carga de peso. Quando um atleta de academia (os “puxadores de peso”) ou um profissional da construção civil (pedreiro e ajudante de pedreiro) pegam peso, o músculo dos seus braços e pernas ficam HIPERTROFIADOS com resposta normal á carga que lhe foi exigida… Isso costuma ser bom tanto para o músculo (que fica mais forte), quanto para a pessoa que se sente melhor e com musculatura mais definida.Seriam as etapas a seguir:
1 – Carga de peso – A musculatura é exigida.
2 – As fibras musculares (as células musculares) aumentam seu volume.
3 – O músculo esquelético fica mais volumoso e melhor definido.
4 – A força aumenta… quanto mais peso, mais este processo aumenta e a força muscular também aumenta. Isso não traz nenhum mal para os músculos esqueléticos.
O CORAÇÃO e a hipertrofia ventricular esquerda (HVE)?
O peso que o coração pega (por exemplo: a pressão alta) ou outra situação que exija do coração um esforço a mais também provoca essas alterações acima, com uma diferença.1 – Carga de peso (doenças ou hipertensão arterial) – A musculatura cardíaca é exigida.
2 – As fibras musculares (as células musculares) aumentam seu volume.
3 – O músculo cardíaco fica mais volumoso e as paredes das cavidades ficam espessadas.
4 – A força aumenta… quanto mais peso, mais este processo aumenta e a força muscular também aumenta. AQUI COMEÇA A DIFERENÇA: O músculo cardíaco aumenta sua força de contração até certo limite… Ele não se comporta como o músculo esquelético. A partir de um determinado momento, ele começa a não reagir com mais força e sim, com FALÊNCIA MUSCULAR e dilatação. E isso faz um mal muito grande para o coração.
A hipertrofia ventricular esquerda (HVE)
Assim, a HVE – HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA é uma resposta de adaptação do coração a uma carga que ele NÃO gostaria de estar carregando. Ou seja, coração deve trabalhar tranquilamente, sob uma pressão arterial de 120/80mmHg e sem doenças o incomodando.NÃO CONFUNDA:
É importante não confundir. Quando eu digo que o coração não pode “pegar peso” (uma metáfora) estou dizendo que ele não pode trabalhar com a pressão arterial elevada ou com doenças lhe “incomodando”.
Disse o coração… pois uma pessoa pode e deve realizar exercícios físicos e também pode “pegar peso” no sentido real da palavra – se não tiver contra-indicações para a prática de exercícios físicos, a pessoa pode fazer exercícios anaeróbicos e aeróbicos o quanto desejar. Não vamos confundir as duas coisas.
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4 comentários:
Gostei de ler este artigo, pois a minha medica diagnosticou isto em mim, que tenho 18 anos, e pratico atletismo, gostava de saber se nao posso mais praticar este desporto ou se ao continuar me irá prejudicar a saúde ?!
Espero receber resposta em breve, pois éstou bastante preocupada ..
Eu tb tenho o tal desvio e como diz o Cordis, se vc não tem nenhuma doença cárdiaca associada, a sua vida é normal. Mas mesmo assim vc deve conversar com o seu ou a sua cardiologista.
Grande abraço e boa sorte
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