A inconfidência foi feita pelo procurador Carlos
Fernando Lima, um dos chefes da Lava Jato; "Tenho para mim que encontros
fora da agenda não são ideais para nenhuma situação de um funcionário
público. Nós mesmos, no dia da votação do impeachment, fomos convidados a
comparecer ao Palácio do Jaburu à noite e nos recusamos, porque
entendíamos que não tínhamos nada o que falar com o eventual presidente
do Brasil naquele momento", disse ele; fala de Lima embute críticas
sutis à futura procuradora-geral Raquel Dodge e revela ainda que Temer,
apontado como chefe do esquema de propinas da Odebrecht para o PMDB,
tentou se apropriar da Lava Jato
247 –
Mesmo sendo um dos principais investigados da Lava Jato, apontado como
chefe do esquema de propinas da Odebrecht destinado ao PMDB, Michel
Temer convidou a equipe da Lava Jato a acompanhar, em pleno Palácio do
Jaburu, a votação do golpe parlamentar de 2016, que o levou ao poder.
A inconfidência foi feita pelo procurador Carlos Fernando Lima, em evento organizado pela Câmara Americana de Comércio, em São Paulo, nesta segunda-feira (14).
"Tenho para mim
que encontros fora da agenda não são ideais para nenhuma situação de um
funcionário público. Nós mesmos, no dia da votação do impeachment, fomos
convidados a comparecer ao Palácio do Jaburu à noite e nos recusamos,
porque entendíamos que não tínhamos nada o que falar com o eventual
presidente do Brasil naquele momento", disse ele, ao comentar o encontro
fora da agenda entre Raquel Dodge e o agora presidente Michel Temer na
residência oficial.
Fala de Lima
embute críticas sutis à futura procuradora-geral Raquel Dodge, que se
reuniu com Temer, no Jaburu. "Eu não sou corregedor do MP. Nós tivemos
situação semelhante e nos recusamos a comparecer. Temos agora que
avaliar as consequências que dentro da política que o Ministério Público
vai ter a partir da gestão Dodge", acrescentou.
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