Conviver com os netos possibilita um risco de mortalidade 37% menor
Um novo estudo feito na Alemanha, mostrou que avós
que cuidam de crianças tem mais longevidade, e podem chegar a viver 10
anos a mais, do que aqueles que não participam tanto da rotina das
crianças.
Os pesquisadores analisaram a vida de 500 pessoas,
entre 70 e 103 anos de idade, que foram acompanhadas pelo Estudo de
Envelhecimento de Berlin por durante 19 anos. Eles observaram qual qual
era a diferença na taxa de mortalidade entre os avós que ajudavam a
cuidar dos netos, participando da educação deles, e dos avós que não
tinham netos ou não conviviam com eles.
No entanto, a pesquisa não avós que têm a custódia
das crianças e são os principais responsáveis por elas, já que a ideia
era focar na figura dos avós como suporte dos pais das crianças.
Os resultados do estudo mostraram que conviver com
netos e cuidar deles reduzia em 37% o risco de mortalidade. Metade do
grupo dos avós presentes viveu por dez anos depois do início da
pesquisa. Contudo, no grupo oposto, cerca de 50% deles só chegou a
sobreviver mais 5 anos.
Os cientistas fizeram uma segunda análise com os
idosos que não tinham netos, dividindo eles entre aqueles que ajudavam
os filhos, seja com suporte emocional ou seja nas tarefas de casa, e
aqueles que não tinham esse hábito (ou não tinham filhos).
Novamente, notaram uma média de sobrevida 5 anos
maior do que entre os idosos que não mantinham esse laço. Contudo, os
pesquisador não acreditam que idosos que não tem filhos ou netos, estão
destinados a morrer mais cedo.
Durante a terceira etapa do estudo, eles
investigaram exclusivamente esse grupo de idosos, percebendo que muitos
deles se propunham a ajudar e apoiar amigos e vizinhos, criando um outro
tipo de comunidade. Nesse caso, a sobrevida média foi de sete anos, em
contraste com 4 anos entre os idosos que não mantinham essa relação
colaborativa com os filhos.
Na natureza isso não é comum pois, evolutivamente
falando, nossa função é a reprodução e a manutenção da espécie.
Portando, os avós que ajudam a cuidar dos filhos mudam esse paradigma:
uma mãe menos ocupada com um bebê pode voltar a se reproduzir mais
rápido e gerando uma prole ainda maior.
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