Empréstimo chega a 70% do valor do imóvel que não pode passar de R$ 1,5 milhão
Rio
- O trabalhador que tem FGTS e busca a tão sonhada casa própria agora
volta a ter uma chance. A Caixa Econômica Federal retomou ontem a linha
de financiamento de imóveis Pró-Cotista para unidades de até R$ 1,5
milhão com recursos do fundo. Além disso, o banco restabeleceu o teto
para financiar imóveis usados de 50% para 70% do valor total. O patamar
havia sido reduzido no fim de setembro do ano passado, o que dificultou a
aquisição de imóveis para quem não possuía recursos próprios. Os juros
são a partir de 7,85% ao ano.
Para o economista da Fundação D. Cabral e economista do Ibmec, professor Gilberto Braga, o restabelecimento indica a retomada do mercado imobiliário porque atenderá aos interesses da classe média, que busca um imóvel maior, e, para muitos, a oportunidade de deixar de pagar aluguel.
Para o economista da Fundação D. Cabral e economista do Ibmec, professor Gilberto Braga, o restabelecimento indica a retomada do mercado imobiliário porque atenderá aos interesses da classe média, que busca um imóvel maior, e, para muitos, a oportunidade de deixar de pagar aluguel.
"Um imóvel de R$ 700 mil, por exemplo, exigirá R$
210 mil de sinal e uma prestação (sem seguro e impostos) de pouco menos
de R$2 mil em 25 anos", explica. E pondera: "O difícil é entrar no
sistema de habitação porque depois a prestação dica mais barata que o
aluguel".
Serão
disponibilizados R$4 bilhões para a linha Pró-Cotista FGTS. Vale lembrar
que apenas Caixa e Banco do Brasil oferecem essa modalidade de
financiamento. A taxa de juros aplicada a quem não tem relacionamento
com o banco é de 8,85% ao ano na Caixa e de 9% ao ano no Banco do
Brasil. Caso o comprador tenha relacionamento com a Caixa, os juros
cobrados na linha Pró-Cotista podem ser ainda menores e chegar a 7,85%
ao ano. O prazo máximo de financiamento oferecido nos dois bancos é de
até 360 meses.
Para ter acesso a essa linha de crédito é
necessário ter contribuído ao FGTS por mais de três anos, consecutivos
ou não. Caso o futuro mutuário se enquadre nessa exigência, a conta
vinculada ao fundo deve estar ativa, ou seja, o trabalhador precisa ter
emprego de carteira assinada e fazer contribuições mensais ao FGTS.
Não
há restrição com relação à renda familiar dos compradores, desde que o
imóvel financiado não tenha valor maior que R$ 1,5 milhão.
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