A máquina de ressonância magnética tem um grande ímã que interage com nosso corpo por meio de campos magnéticos e pulsos de radiofrequência. Assim, cria imagens em alta definição em três planos: horizontal, vertical e com o corpo dividido em camadas. Até por não emitir radiação e ser bem completo, o exame tem um custo relativamente alto.
Para que serve
Para a pesquisa e análise de doenças neurológicas, ortopédicas, abdominais, cervicais e cardíacas. O teste pode diagnosticar, para ter ideia, esclerose múltipla, câncer, infartos, fraturas e até infecções.
Já os ortopedistas costumam pedi-lo para investigar os tecidos moles, como cartilagens e músculos. Graças a isso, detectam tendinites, hérnias de disco e lesões de ligamento. Além disso, os neurologistas o solicitam para esmiuçar melhor problemas como o Alzheimer, atrofias e lesões nos vasos sanguíneos cerebrais (que podem indicar um AVC).
Como é feito
A pessoa deve tirar quaisquer itens de metal – brincos, botões, zíper etc. Depois, deita em uma maca e a parte do corpo a ser estudada é coberta por um aparelho chamado bobina, que potencializa o efeito do campo magnético e melhora a qualidade da imagem.
Em seguida, a cama desliza para dentro de um grande tubo, e o paciente deve ficar parado até que o teste acabe para o resultado não sair prejudicado. Como uma pequena movimentação pode comprometer o exame, os especialistas às vezes imobilizam certas regiões corporais.
Há casos em que deve ser utilizado contraste intravenoso para ressaltar lesões e doenças.
Resultados
Em linhas gerais, os médicos usam as imagens em alta definição e a distinção das cores presentes no exame para analisar em detalhes eventuais anormalidades. Por meio de um software, é possível alterar padrões e perspectivas de visualização para chegar a um diagnóstico ainda mais preciso.
Periodicidade
Por se tratar de um exame que não utiliza de radiação ionizante, diferente do raio x e da tomografia, não há contraindicação relacionada à quantidade de ressonâncias magnéticas que um paciente pode fazer. Mas ela costuma ser pedida somente quando há alguma suspeita – e não como parte de um screening preventivo.
Principais cuidados e contraindicações
Como a ressonância produz um campo magnético muito forte, é preciso se certificar que nenhum objeto metálico esteja por perto durante o procedimento, mesmo que seja um singelo grampo de cabelo. Portadores de marcapassos, cateteres e outros dispositivos implantáveis não devem fazer o exame.
Para eles, aliás, é perigoso se submeter ao magnetismo do aparelho. Até mesmo tatuagens devem ser avaliadas antes que o paciente seja submetido à ressonância, porque algumas tintas contêm ferro.
Por último, pessoas claustrofóbicas ou que sofram de doenças que as impeçam de permanecer quietas também podem abalar os resultados. Em alguns casos, a sedação é necessária.
Fontes: Fábio Porto, neurologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Marcio Garcia, radiologista do Grupo Lavoisier, e Roberto Rached, fisiatra do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
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