10.14.2018

Haddad faz aceno a FHC e diz que é preciso abrir porta para diálogo









Declaração do petista foi feita após 

entrevista do ex-presidente tucano ao 

'Estado'



















Cristian Fávaro e Daniel Galvão, 
O Estado de S.Paulo
14 Outubro 2018 | 13h53









Fernando Haddad
O candidato do PT à Presidência, Fernando
 Haddad.  Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer
O candidato do PT ao Planalto, Fernando
 Haddad, fez um aceno ao tucano Fernando
 Henrique Cardoso após a afirmação do
ex-presidente que há uma "porta" para 
o diálogo dos dois.
"Existe um muro que separa FHC de
Bolsonaro. De mim, é uma porta",
disse Haddad, em referência à entrevista
 publicada com o tucano neste domingo 
no Estado. No texto, FHC pondera que
 não é uma "porta aberta, mas há uma
 porta. O outro não tem porta.
Um tem um muro, o outro uma porta",
disse FHC.
"Se existe uma porta que precisa ser
aberta em nome da democracia, todo
mundo tem a obrigação de abrir essa
porta", disse Haddad, neste domingo,
após evento com representantes de
entidades de pessoas com deficiência.
O candidato também foi confrontado
sobre suas recentes afirmações contra
 Edir Macedo, líder da igreja Universal,
 e possíveis prejuízos com o eleitorado
 religioso. O petista, na sexta-feira,
12, disse que Bolsonaro representa o
 corte de "direitos trabalhistas e sociais,
 com o fundamentalismo charlatão do
Edir Macedo".
Segundo Haddad, sua preocupação é a
 de um Estado para "acolher a todos,
independente da crença. Eu entendo
 que uma igreja não pode mandar no
Estado. Essa é minha preocupação.
Sobretudo a esse projeto de poder que
 foi anunciado há anos e agora quer se
materializar em uma candidatura",
 disse, em referência ao apoio de
Macedo a Bolsonaro".
Na mesma agenda, Haddad lançou mão de
 fortes críticas ao seu adversário.
"Qual o limite da loucura do meu
adversário?", questionou Haddad,
 sobre post em que Carlos Bolsonaro,
 filho do cabeça de chapa do PSL,
o acusa de ser favorável ao incesto.

Equipe petista apaga tuíte com

 informação errada

A equipe do petista retirou do ar um tuíte
 que criticava seu adversário,
Jair Bolsonaro(PSL), por supostamente
 ter votado contra o Estatuto da Pessoa
com deficiência. Procurada, a equipe do
 petista disse que, na verdade, Bolsonaro

 se absteve da votação, e que por isso a
 postagem foi excluída. Haddad 
participou neste domingo de 
agenda com representantes do 
segmento de pessoas com deficiência.
"O deputado Jair Bolsonaro votou contra
 o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Acredito que ele tenha votado contra por
 falta de conhecimento. Ele não foi
educado para compreender toda a
diversidade humana e sua complexidade", transmitiu o Twitter de Haddad, neste
 domingo, mas foi retirado do ar pouco
 depois.
Após o debate presidencial do primeiro
 turno na Rede Globo, no dia 4, do qual
 não participou por estar internado
depois de levar uma facada no ato
 de campanha em Juiz de Fora (MG),
 Bolsonaro postou um vídeo nas redes
 sociais em que disse ter sido vítima de
 "fake news", segundo as quais votou
contra o projeto da Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência,
que foi aprovada e concede benefícios a
 deficientes.
Um dos filhos do candidato, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP),
também presente à transmissão, afirmou
 que na verdade eles votaram contra um
 destaque que tratava de orientação
sexuale "ideologia de gênero". 
“Era um jabuti,
 óbvio que não podíamos aceitar”, disse.
"Quem lançou essas 'fake news' foi a
mãe do Duvivier, garoto que tem um
site onde ele esculacha os valores
familiares, prega contra Jesus, contra
 evangélicos, aquele humor que não é
 sadio, que ninguém pode zombar da
 fé de ninguém", afirmou Bolsonaro,
 em referência à cantora e violinista
Olívia Byington, mãe do escritor, ator e humoristaGregório Duvivier.

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