247 - Em um momento delicado da campanha, em que a tática de propagação de fake news do adversário corre solta sem nenhum tipo de controle das autoridades judiciais, a candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad provoca a militância: "sabem qual a maior de todas as fake news? É a de que a eleição está resolvida. A máquina que está a serviço de Bolsonaro quer que fiquemos no sofá de casa, lamentando, aceitando a pauta deles ou fazendo avaliações sobre como poderia ser diferente".
Manuela D'Ávila faz, na verdade, uma avaliação muito técnica e precisa do atual cenário eleitoral. Numa eleição, em todos os sentidos, atípica, 13 dias representam uma eternidade e muita coisa pode acontecer. A onda de violência provocada por eleitores de Bolsonaro, por exemplo, ainda não foi devidamente prospectada pelas pesquisas e deve tem impacto dentro de alguns dias.
Situações de conflagração social ou de eventos pontuais polêmicos (como a facada em Bolsonaro), levam algum tempo para serem absorvidos pelo eleitor e pela opinião pública, conforma atestam a própria história das eleições e o próprio acontecimento de Juiz de Fora, que levou duas semanas para ser processado pelo eleitorado,
Manuela chama a atenção na hora certa em uma situação crítica de ameaça às liberdades democráticas que se alastra pelo mundo.
Na guerra das fake news, dispositivo que caracteriza a quase totalidade comunicacional da campanha de Jair Bolsonaro, a pior de todas as fake news é acreditar na própria derrota. É a mais tóxica, a mais inavsiva e a mais degradante - e aquela que o adversário nem precisou produzir.
Confira o Twitter de Manuela D'Ávila:
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