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5.19.2009
Elas são mais inteligentes que eles
Pesquisador prova que elas são mais inteligentes
As mulheres dominam nove tipos de inteligência, e os homens, só três
João Ricardo Gonçalves e Pâmela Oliveira
Rio - A vingança é um prato que se come frio. Doze anos depois da divulgação dos resultados de uma polêmica pesquisa que sugeria que os homens têm 4 bilhões a mais de neurônios que as mulheres, finalmente chegou a vez de elas irem à forra. Novo levantamento de um pesquisador carioca, que analisou 137 mil notas de 22 mil alunos, indica que as mulheres podem ser 3% mais inteligentes que os homens, além de dominarem mais diferentes tipos de “inteligências”.
Thathiane (loura), entre as colegas do curso para concursos: ela já passou em duas seleções e estuda para vencer a terceiraConduzido no Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam) pelo professor de Matemática e Estatística José Abrantes, que também dá aulas na Uerj, o estudo interpretou os dados dos estudantes com base na Teoria das Inteligências Múltiplas, do renomado neurologista americano Howard Gardner. A teoria diz que as habilidades individuais vêm dos diferentes 12 tipos de inteligência, genéticos ou aprendidos durante a vida.
“Muitas pesquisas anteriores usavam como base o teste de QI, que privilegia inteligências mais comuns no homem, como o raciocínio lógico. Sou o primeiro cientista que teve a coragem de mostrar que as mulheres são mais inteligentes”, diz Abrantes.
O professor, que dá aulas para estudantes desde o Ensino Fundamental até universitários, teve a ideia da pesquisa ao observar os próprios alunos: “Homens e mulheres são diferentes. As mulheres, por exemplo, são mais atenciosas, organizadas e disciplinadas. Tiram notas mais altas, e considera-se o rendimento escolar um dos indícios de inteligência”. Depois de obter os dados de provas e médias dos alunos, o professor enquadrou determinadas aptidões demonstradas em cada disciplina com a teoria de Gardner.
Matérias relacionadas com ciências humanas, por exemplo, estão mais ligadas às inteligências linguísticas e pessoais, em que elas se destacam mais. Em ciências exatas, em geral, os homens mostram mais domínio quando têm que aplicar o raciocínio lógico e as mulheres aplicam fórmulas de maneira mais exata, e assim por diante. “As mulheres têm interesses em assuntos variados, é natural que sejam mais inteligentes”, acrescenta Abrantes.
Coordenador da Academia do Concurso, Diogo Hudson tem observado nas aulas que as mulheres “cumprem o cronograma de estudo com mais afinco”. Enquanto isso, os alunos “não desistem facilmente”. “Observo também que, em matérias que exigem o poder de síntese, as alunas são melhores. Já naquelas em que é necessário raciocínio lógico, os homens costumam se sair melhor”, diz.
Formada em Fisioterapia, a estudante Thathiane Andrade, 29 anos, comemora o estudo. “Somos mais inteligentes, e isso agora é comprovado”, festeja ela, que já foi aprovada em dois concursos e estuda para o terceiro.
Os homens reagiram à pesquisa de maneira variada. O cantor Reginaldo Rossi concorda que a mulher é mais inteligente: “Os homens agem mais com a emoção, por isso cometem mais crimes passionais. Eles não raciocinam”. Já o taxista Cristiano Marins, 28 anos se defendeu dizendo que acha as mulheres piores ao volante. Seja como for, depois dessa pesquisa, vai ficar difícil o presidente do Fluminense, Roberto Horcades, dizer que as mulheres “só têm dois neurônios”.
Dupla de ‘chefonas’ exalta versatilidade
Ao saber da pesquisa, duas mulheres que venceram em ambientes profissionais geralmente dominados por homens preferiram não dizer que se consideram mais inteligentes, mas reconheceram a versatilidade da mulher como um grande trunfo.
Primeira presidente em 57 anos da empresa de alimentos Granfino, Silvia Lantimant, que comanda 560 funcionários — 90% homens —, lembra que as mulheres administram várias atividades ao mesmo tempo com mais facilidade. “Talvez a mulher tenha uma visão mais geral, mais versátil, consiga fazer mais coisas ao mesmo tempo. Se é verdade que nós temos menos neurônios, como vi numa pesquisa, pelo visto usamos melhor”, brinca.
Responsável pelas finanças da Prefeitura do Rio, a secretária de Fazenda Eduarda La Rocque, 39 anos, tem quatro assessores diretos — duas mulheres e dois homens. “Elas têm maior capacidade de analisar coisas mais variadas. A gente consegue tocar várias coisas ao mesmo tempo. Até porque na vida a gente esta acostumada a cuidar filhos, do trabalho, de várias coisas”. Mãe de um casal, Eduarda admite, porém, que para sobreviver no mundo financeiro é preciso algumas características masculinas.
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