Rio - Pesquisa das universidades de Milão e de Pavia, na Itália, reacendeu a procura pelo famoso elixir da vida longa. Segundo cientistas,mistura de três aminoácidos (isoleucina, leucina e valina — substâncias que formam as proteínas) misturada à água seria capaz de prolongar a vida, além de melhorar o condicionamento físico. A experiência foi feita com camundongos.
Arte: O Dia
Mas não é só isso. Outro estudo, realizado pela Universidade de Purdue (EUA), revelou que, quanto mais jovem a pessoa se sente, mais ela pode viver. Especulações à parte, enquanto a tão esperada fórmula da longevidade ainda não foi de fato criada, a solução é investir na qualidade de vida e na prevenção à saúde.
A receita parece simples: basta somar alimentação adequada com exercícios físicos, e evitar o tabagismo e o excesso de bebidas alcoólicas. “É comprovado que comer pouco, mas com qualidade, aumenta a expectativa de vida”, explica a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Silvia Pereira.
Segundo a geriatra, também é fundamental manter o cérebro ativo — seja investindo em relações humanas, como também treinando a memória e a cognição. “Uma pessoa com mais idade pode ser mais lenta, mas isso não significa que seja incapaz. É preciso estimular o cérebro, com jogos, palavras cruzadas, leituras.
O importante é não deixar que a idade faça com que a pessoa se isole”.
Dormir bem e evitar ambientes estressantes são ótimos remédios para a qualidade de vida. “Além de uma tacinha pequena de vinho à noite”, brinca a geriatra.
Sentir-se mais velho envelhece
Segundo os cientistas americanos, a interpretação que se tem da própria idade pode afetar o processo de envelhecimento. A pesquisa, da Universidade de Purdue, durou 10 anos e ouviu 500 pessoas com idades entre 55 e 74 anos.
Na primeira etapa, em 1995, a maioria das pessoas respondeu se sentir 12 anos mais nova do que realmente er a. Segundo os especialistas, uma década depois, em 2005, as pessoas que se sentiam jovens para a própria idade tinham mais segurança sobre as suas capacidades cognitivas — ou seja, tinham a mente mais ativa.
“Se você se sente mais velho do que a sua idade cronológica, provavelmente vai experimentar várias das desvantagens associadas ao envelhecimento”, concluiu o coordenador da pesquisa, Markus Schafer.
Não procurar novidades é estar mais perto da morte
Quem consegue usufruir dos prazeres — e até dos sofrimentos — que a vida proporciona, lida melhor com o envelhecimento. Segundo a psicóloga e gerontóloga da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Lígia Py, esse é o passo fundamental para garantir qualidade de vida.
“Também é importante diferenciar solidão de isolamento. A solidão é boa, permite que a pessoa pense sobre a vida e se conheça melhor. Já o isolamento é estar fora do circuito de relações humanas, o que pode levar à depressão”, diz.
Segundo Py, seja qual for a idade, é fundamental manter amizades e buscar conhecimento. “Quem para no tempo, não busca se relacionar, e nem conhecer coisas novas, pode estar mais perto da morte”,
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