10.02.2011

Pilates na Terceira Idade: sugestão de trabalho para Osteoartrose


Olá pessoal!

Como vocês sabem, desenvolvemos neste ano o Curso de Pilates na Terceira Idade, em função da demanda de clientes nessa faixa etária que nos procuram nos estúdios. De lá para cá estamos constantemente estudando e buscando novidades para incorporar e manter atualizado nosso programa.
Hoje queremos compartilhar com vocês um pouco sobre a OSTEOARTROSE.

A Gerontologia entende que o envelhecimento não significa uma decadência e sim uma seqüência da vida, com suas características e particularidades . Os benefícios do Pilates na terceira idade vão desde o alívio das dores provenientes da idade até melhora da auto-estima.
O que diferencia o atendimento de um idoso para uma pessoa jovem dentro do ambiente de Pilates são:
· O conhecimento das patologias, suas conseqüências e contra-indicações
· A segurança na escolha dos exercícios do repertório bem como suas adaptações
· Uma boa metodologia e didática que contribuam tanto para a parte física quanto psicológica do idoso.

Dentre todas as patologias que acometem os idosos a OSTEOARTROSE é a mais comum delas, estimando-se que ocorra em até 90 % da população adulta.
A osteoartrose, também chamada de artrose, é um processo degenerativo articular , resultante da degeneração progressiva da cartilagem articular, hipertrofia e deformação do osso subcondral e inflamação da membrana sinovial.

A cartilagem articular é um tipo de tecido conjuntivo que reveste a extremidade dos ossos no local de sua conexão permitindo movimento entre eles. São exemplos de articulações os joelhos, os tornozelos, os dedos das mãos, os dos pés, o quadril, as vértebras da coluna, os ombros, os cotovelos, os punhos, a mandíbula etc..

A função básica da cartilagem articular é a de diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam qualquer tipo de movimento, funcionando como mecanismo de absorção de choque quando submetido à forças de compressão (como no caso do quadril, joelho, tornozelo e pé), ou de tração, como no caso dos membros superiores. Além da cartilagem, outras estruturas também fazem parte da articulação, desempenhando papéis específicos como o líquido sinovial, que lubrifica as articulações e os ligamentos, que ajudam a manter unidas e estáveis as articulações.

Toda vez que há um desequilíbrio entre os constituintes articulares a estrutura fica sujeita à entrar no chamado PROCESSO DE DEGRADAÇÃO ARTICULAR podendo desenvolver patologias como a OSTEOARTROSE.

Os sintomas mais comuns da OSTEOARTROSE são:

• Dor articular
• Rigidez
• Crepitação
• Instabilidade articular
• Limitação de ADM
• Alargamento ósseo

Esses sintomas podem repercutir levando à limitação das funções do indivíduo , dentre elas:
• Diminuição da força e da resistência muscular
• Limitação da função articular, seja na absorção de impacto ou na amplitude do movimento
• Alterações na marcha

A evolução mais cruel para o indivíduo idoso é a INCAPACIDADE FUNCIONAL. O indivíduo se vê numa situação em que afazeres que antes eram simples ficam difíceis, ou até impossíveis, de serem executados com independência.
A atividade física bem orientada, aplicada e executada, será um forte aliado no processo de reabilitação e independência dessas pessoas promovendo aumento da resistência muscular, melhora na mecânica articular, incremento na coordenação e o equilíbrio e, por conseqüência, melhora a qualidade de vida e capacidade funcional.
O Método Pilates oferece muitas ferramentas que permitem ao instrutor equilibrar momentos de descarga de peso - fundamental tanto para a absorção óssea quanto para a produção de sinóvia – com momentos de decoaptação articular – que libera a articulação trazendo alívio e contribuindo na sua lubrificação.
O ambiente de Pilates conta com uma diversidade de recursos, seja através do repertório e suas adaptações, seja através dos acessórios que permitem ao instrutor elaborar um programa que estimule a propriocepção articular promovendo melhoria no equilíbrio corporal, coordenação e marcha, contribuindo também com a prevenção de quedas.

Uma sugestão que deixamos hoje para vocês é o trabalho de membros superiores com molas. Muitas vezes a osteoartrose dificulta para o aluno trabalhar com a garra dos dedos. Uma adaptação que vem funcionando bem é a utilização dos velcros nos punhos.

Nas três primeiras fotos mostramos um exemplo de decoaptação articular de punhos, cotovelos e glenoumeral associado ao alongamento das estruturas e muscultaura adjacente.






Nas fotos abaixo propomos exercícios de força de cintura escapular, costas e braços e, ao mesmo tempo que mantemos o estímulo a decopatação nas articulações dos punhos através da tração exercida pelas molas.








E vocês, como vem trabalhando com seus idosos?

No curso damos várias opções deadaptação. Caso tenham interesse em participar, acessem http://www.rmcursos.com/

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