6.21.2013

DIABÉTICOS E HIPERTENSOS TENDEM A TER APNEIA DO SONO

Diabéticos e hipertensos tendem a ter apneia do sono

Confira o resultado de uma pesquisa que relaciona as doenças ao distúrbio.

Tanto se fala em diabete e hipertensão, que parece que as doenças por si só já têm sintomas o suficiente para nos assustar. Mas, além dos problemas trazidos por estas doenças, alguns distúrbios consequentes de suas existências podem agravar ainda mais o quadro do paciente. É o caso da apneia do sono.
Segundo estudos, todo hipertenso e todo diabético tipo 2 deve ser avaliado para a presença de apneia do sono. A prevalência da apneia é muito mais alta nessas pessoas e prejudica o controle das doenças, elevando o risco de infarto, derrame cerebral, arritmias e morte súbita. Esse alerta acaba de ser emitido pela Academia Americana de Medicina do Sono, no SLEEP 2013, evento realizado nos Estados Unidos.
Hipertensão arterial 
De acordo com a entidade, quem sofre de hipertensão tem entre 30% e 40% de chance de ser portador de apneia do sono. Essa doença provoca uma série de interrupções parciais ou totais na respiração durante o sono. Como consequência disso, a hipertensão pode ser mais difícil de ser controlada com medicamentos e isso aumenta o risco cardiovascular. 
Nos casos de hipertensão de difícil controle, onde a pressão arterial se mantém alta apesar de três ou mais tipos de medicamentos anti-hipertensivos, a prevalência de apneia do sono pode chegar a 70%.
No Brasil, a hipertensão arterial é um problema crescente. A doença acometia 21,5% da população em 2006 e hoje afeta pelo menos 24,4%, de acordo com o Ministério da Saúde. Em idosos, a prevalência da hipertensão arterial chega a 63%. Sedentarismo, excesso de peso e alimentação inadequada (rica em gordura e sal) são as principais causas.
Diabetes 
No caso do diabetes tipo 2, a relação com a apneia do sono é ainda mais grave: a doença pode atingir 70% dos portadores. Se dá, principalmente, pela presença da obesidade, visto que a maioria desses pacientes é obeso. O excesso de peso é o principal fator de risco para apneia do sono. Quanto mais severa é a apneia, mais difícil pode ser o controle da glicose no organismo. As noites mal dormidas também afetam a sensibilidade à insulina, usada no controle da doença.
Estima-se que 12 milhões de pessoas tenham diabetes no Brasil, e desse total quase 90% seja do tipo 2. A doença está relacionada aos maus hábitos alimentares e, principalmente, ao excesso de peso. Dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados em 2012, apontam que 63,8% da população com 20 anos ou mais esteja acima do peso, ou seja, com sobrepeso ou obesidade.
Esses números podem piorar, pois o excesso de peso já afeta 33% das crianças com idade entre 5 e 9 anos e 25,4% dos adolescentes entre 10 e 19 anos. Estar fora do peso ideal nessa fase aumenta o risco de diabetes tipo 2 na vida adulta.
Diagnóstico da apneia do sono 
A polissonografia (estudo monitorado do sono) é o exame indicado para confirmar a doença. Além deste, o paciente deve passar por uma avaliação médica, com o intuito de checar os hábitos de sono e avaliar a presença de anormalidades anatômicas do nariz e garganta.
“A obstrução da garganta durante o sono provoca pequenos despertares, a fim de promover o término da apneia e a abertura da garganta. Issosobrecarrega o coração durante o sono, período de descanso para o sistema cardiovascular, aumentando o risco de desenvolver doenças do coração”, alerta a pneumologista Fabíola Schorr, do Centro de Medicina do Sono do Hospital do Coração (SP). “Por isso, a apneia do sono deve ser investigada nos pacientes com problemas cardíacos”,

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