1.06.2014

Espuma densa cobre o mar das zonas Sul e Oeste do Rio

  • Segundo o Inea, problema é provocado pelo mar agitado e pela decomposição de algas
  • Instituto diz que situação não traz risco à saúde e ao meio ambiente
Taís Mendes
Espuma toma conta da água nas praias da Zona Sul. Na foto, surfista ignora a situação no Leblon Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Espuma toma conta da água nas praias da Zona Sul. Na foto, surfista ignora a situação no Leblon Gabriel de Paiva / Agência O Globo
RIO - Uma espuma densa cobre o mar das praias das zonas Oeste e Sul, principalmente no Leblon, próximo à Avenida Niemeyer, na manhã desta segunda-feira. De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o problema é provocado pelo mar agitado e pela decomposição de algas, que não trazem risco à saúde e ao meio ambiente. Apesar da situação, surfistas aproveitam a manhã para pegar onda na Praia do Leblon.
Na última quinta-feira, um cheiro forte e desagradável e a água escura pegaram de surpresa quem aproveitou o dia de sol para ir à Praia de Ipanema. O péssimo aspecto se repetia no início da orla de Copacabana, na altura do Posto 6, onde, além das algas vistas na praia vizinha, havia lixo flutuante. No Arpoador, o mar calmo, como um piscina, era convidativo apenas até o banhista se aproximar da água. O mau cheiro e a coloração marrom nas praias do Leme, Arpoador e Ipanema, que despertaram a preocupação dos banhistas foram causados pela floração da microalga Tetraselmis sp, que não oferece riscos à saúde dos banhistas, pois não produz toxinas, de acordo com o boletim do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Repercussão internacional
A poluição do mar no Rio tem gerado matérias em veículos no exterior. Após a disputa da tradicional prova de natação Rei e Rainha do Mar, a Associated Press destacou a poluição presente nas águas de Copacabana e na Baía de Guanabara, onde acontecerão as provas de vela nas Olimpíadas.
“A água poluída se tornou uma questão quente, com 70% do esgoto de uma cidade de seis milhões sendo lançados sem tratamento nos cursos de água, a apenas dois anos e meio do início dos Jogos”, diz a matéria.
Em novembro, o jornal americano “The Washington Post" já havia publicado reportagem temendo pela saúde de atletas e turistas por conta dos altos índices de coliformes fecais.

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