1.09.2014

Ibovespa cai quase 2,5% e fecha no nível mais baixo em cinco meses

Índice acionário caiu 2,48%, aos 49.321 pontos; giro financeiro do pregão foi de R$ 7 bilhões

Reuters |
O principal índice da Bovespa caiu quase 2,5% nesta quinta-feira (9) e fechou abaixo dos 50 mil pontos, perdendo um importante suporte técnico, diante de temores de desaceleração da China e preocupações com a economia doméstica.
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O Ibovespa caiu 2,48%, maior variação negativa desde 30 de setembro, aos 49.321 pontos. Desde o fim de agosto o índice não fechava abaixo de 50 mil pontos. O giro financeiro do pregão somou R$ 7 bilhões.
A inflação anual ao consumidor da China, principal país destino das exportações brasileiras, desacelerou com mais força do que o esperado em dezembro, para 2,5%, a mínima em sete meses.
Reuters
Apenas cinco dos 72 ativos do Ibovespa rumaram no sentido oposto e fecharam no azul
A notícia afetou os papéis de empresas exportadoras de commodities, como a Vale (-3,55%), que foi a principal influência negativa do dia, e Bradespar (-4,55%), que tem participação na mineradora.
O dado da China, que também provocou queda de preços dos metais na Europa, contribuiu para que o Ibovespa perdesse o suporte técnico na faixa de 49.900 e 49.800 pontos, desencadeando mais vendas por parte de investidores que operam com base em análise gráfica.
Ainda no cenário macroeconômico, o mercado operou na expectativa do relatório de emprego dos Estados Unidos de dezembro, a ser divulgado na sexta-feira (10). Investidores temem que um resultado forte possa fazer a redução do programa de compra de ativos do Federal Reserve, banco central do país, ganhar força, diminuindo ainda mais a oferta global de liquidez.
Além disso, continuaram pesando na Bovespa preocupações com o cenário doméstico devido à deterioração fiscal, o nível da inflação e expectativa de baixo crescimento, assim como temores de um rebaixamento da nota de crédito.
Além da Vale (-3,55%), os papéis da Petrobras (-2,04%), Itaú Unibanco (-2,87%) e Bradesco (-3,08%) encabeçaram as influências negativas do dia. Energias do Brasil (5-,96%) teve a maior queda percentual.
Apenas cinco dos 72 ativos do Ibovespa rumaram no sentido oposto e fecharam no azul. A ação da concessionária de ferrovias ALL teve a alta mais expressiva, de 8,8%. Em menor magnitude, Cosan também subiu, com avanço de 1,06%.
O jornal "Valor Econômico" desta quinta-feira (9) afirmou que uma fusão entre a ALL e a Rumo Logística, empresa de transporte de açúcar da Cosan, é avaliada como opção para encerrar a disputa judicial entre as duas empresas relativa ao volume contratos para escoamento de açúcar.

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