Quem for tirar a Carteira Nacional de Habilitação a partir deste ano vai pagar mais. Isso porque, em 2 de janeiro, uma nova etapa foi adicionada ao processo: a obrigatoriedade de cinco aulas de 30 minutos em um simulador de direção veicular. O aumento também vale para os condutores que desejam adicionar a categoria “B” (caso dos motociclistas) ou que precisarem reiniciar o procedimento devido à cassação do documento por infração de trânsito.
Como um videogame
O equipamento, que custa cerca de 40 mil reias, recria situações adversas que o motorista possivelmente enfrentará nas ruas, como más condições climáticas, pistas não pavimentadas ou vias com trânsito de animais, pedestres e ciclistas. “Essa tecnologia veio para ajudar. Não é a salvação, claro, mas certamente vai contribuir muito, principalmente para aqueles que vão começar a dirigir”, diz José Guedes Pereira, presidente do Sindicato das Autoescolas do Estado de São Paulo.
Apesar de a lei já estar em vigência, há um prazo de 90 dias para a adaptação às novas exigências. De acordo com a legislação federal, o uso do simulador pode ser compartilhado entre diferentes estabelecimentos comerciais. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) tem realizado visitas técnicas em todos os estados brasileiros para acompanhar a implantação do novo sistema.
Quanto custa?
Quem quiser guiar um automóvel terá que desembolsar os seguintes valores: 55,39 reais para os exames teóricos e práticos – vale ressaltar que os alunos reprovados, ainda que apenas em uma das provas, precisam pagar a taxa integral para repetir o exame; 66,46 reais para o exame médico; 77,54 reais para o exame psicotécnico e 33,23 reais para a emissão da CNH. Os demais valores referem-se exclusivamente aos serviços prestados pelos CFCs, como as aulas teóricas (média de 250 reais), o mínimo de 20 aulas práticas (média de 1 mil reais), e o uso do simulador, que terá custo estimado entre 180 reais e 200 reais. A boa notícia é que o número de aulas noturnas caiu de quatro para uma por causa do novo sistema, que prevê situações sem a luz do sol.
Ao fechar negócio com a autoescola, é fundamental exigir o contrato de prestação de serviços e o detalhamento do que está incluso no pacote. Lembre-se também de que, agora, a validação da presença é feita pela verificação da impressão digital do aluno e pelo registro de fotos do candidato interagindo com o simulador, já que a sala onde o aparelho estiver instalado será monitorada por uma câmera de vídeo com transmissão online para o Detran.