2.15.2014

A obesidade e os impactos na fertilidade e na prole


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Estamos vivendo uma epidemia mundial. No Brasil, segundo dados do IBGE de 2010, mais de 65 milhões de pessoas, 40% da população, está com excesso de peso, enquanto 10 milhões são considerados obesos.
O sobrepeso atinge cerca de 30% das crianças entre cinco e nove anos de idade, aproximadamente 20% da população entre 10 e 19 anos e nada menos que 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos.
A obesidade reduz a qualidade do óvulo, levando à redução da fertilização e da implantação embrionária. No homem, tende a aumentar a fragmentação do DNA espermático e interfere negativamente sobre a qualidade embrionária.
O índice de gravidez espontânea também é afetado, assim como há um maior percentual de abortamento quando comparadas com as mulheres com peso normal. Durante a gravidez, existe, ainda, o risco de doença hipertensiva da gravidez e de resposta alterada à sobrecarga glicêmica.
A obesidade tem também consequências graves para os recém-nascidos: aumento do índice de malformações do tubo neural e maior incidência de mortalidade neonatal. Além disso, a associação de fatores genéticos e de hábitos de vida determina 50% de probabilidade de obesidade ou sobrepeso para filhos de pai ou mãe obesos e de 90% de probabilidade no caso de ambos serem obesos.
Estes fatos constituem a argumentação favorável a restringir o tratamento da infertilidade nas mulheres com alto de índice de massa corporal (IMC). É necessário que se discuta claramente com os casais a respeito do impacto reprodutivo da obesidade e tomar a decisão em relação ao melhor momento para a gravidez.
DP.

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