Dirigentes do PSB jogam exclusivamente sobre a ex-senadora a responsabilidade pela queda nas pesquisas eleitorais
Mário Simas Filho
Os dirigentes do partido jogam exclusivamente para Marina e seu
grupo a responsabilidade pela queda nas pesquisas. Argumentam que, por
quase um ano, Campos construiu uma estratégia de campanha que visava a
apresentar ao eleitor uma terceira via e não mais um oposicionista. “O
projeto de Campos era mostrar que os avanços obtidos no País são
resultado de uma sucessão de políticas. Começou com FHC, passou por
Lula, Dilma e agora precisa de uma nova gestão. Não de uma ruptura.
Assim como Lula não promoveu rupturas em relação a FHC”, explicou o
líder do PSB. “Mas a equipe de Marina ignorou tudo isso e se apresentou
como mais uma candidata de oposição. Claro que não iria dar certo. Até
ontem ela era do PT e do governo”.
O grupo de Marina também não faz mais questão de esconder as
divergências. “Ficamos reféns de um programa carregado de lacunas e
incoerências. E essa fragilidade programática acabou sendo transferida
para a imagem da candidata”, afirmou um dos mais próximos colaboradores
da Rede. Outro problema apontado pelos “sonháticos” de Marina é a falta
de alianças. “Logo que chegamos, passaram a mensagem de que a Marina
atrapalhava as parcerias regionais, mas o que vemos hoje é que o PSB não
deixou nada bem costurado e interesses pessoais falaram mais alto do
que a estratégia partidária”, diz um deputado ligado à ex-senadora.
É nesse clima absolutamente bélico que pessebistas e “sonháticos”
precisam encontrar uma solução para tentar estancar a sangria de votos.
Aos dois grupos, a candidata afirmou estar cansada e frustrada com a
incapacidade de seus aliados de conseguir dar respostas mais duras aos
ataques que vem sofrendo. A própria Marina também já avisou que caso
passe para segundo turno irá promover profundas alterações no comando da
campanha, principalmente na área de comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário