Ele mata mais do que o câncer de mama e, no sexo feminino, suas manifestações nem sempre dão pistas de que o problema está no coração. Descubra quais são os sinais de um ataque cardíaco.
Luiza Monteiro
As mulheres morrem até seis vezes mais por causas cardíacas do que de câncer de mama ou de colo do útero.
Foto: betyarlaca/Thinkstock/Getty Images
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Sintomas clássicos: são os mesmos que aparecem nos homens
- Dor no peito em aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo, o pescoço, a mandíbula, o estômago e até as costas
- Náusea
- Vômito
- Suor frio
- Desmaio
Sintomas atípicos: mais frequentes no sexo feminino
- Enjoos
- Falta de ar
- Cansaço inexplicável
- Desconforto no peito
- Arritmia
Como surgem os sintomas
Não existe uma regra para a forma como os sinais do infarto dão as caras. Eles podem tanto se manifestar todos juntos como surgir separadamente. Isso quer dizer que a dor no peito, por exemplo, pode tanto vir acompanhada de suor frio ou vômito como aparecer sozinha.
Quando me preocupar
O fato de você sentir uma dor no peito, um enjoo ou um cansaço não significa, é claro, que se trata de um piripaque no coração. De qualquer forma, é bom ficar atenta, principalmente se você se encaixa no grupo de risco para sofrer um ataque cardíaco. "Somente por meio de exames clínicos é possível saber se a pessoa está tendo um infarto. Por isso, o ideal é que, na dúvida, o paciente vá a um hospital", orienta o cardiologista Cesar Jardim, coordenador do Clinic Check-Up do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.
Como sei se estou no grupo de risco?
Entre os fatores que aumentam a probabilidade de uma mulher sofrer um ataque cardíaco estão: hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, estresse, obesidade, histórico familiar e tabagismo. No caso desse último item, vale alertar para os casos em que o hábito de fumar é associado ao uso de pílulas anticoncepcionais. "Essa combinação é trombogênica, ou seja, propicia a formação de coágulos que podem entupir os vasos", explica Jardim.
Outro ponto de atenção deve ser a menopausa, período em que a mulher perde a proteção vascular proporcionada pelos hormônios femininos, como o estrógeno. "Ele facilita a circulação do sangue pelas artérias e protege o endotélio, tecido que reveste o interior dos vasos", esclarece o cardiologista Carlos Costa Magalhães, diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Uma vida saudável é a melhor prevenção
Além de tratar os fatores de risco - isto é, controlar a pressão, o diabetes e o colesterol, parar de fumar, perder peso... , é fundamental adotar um estilo de vida saudável. Por isso, pratique atividade física regularmente, procure relaxar e adote uma alimentação balanceada com muitas frutas, verduras e legumes e baixo consumo de itens ricos em sódio, nutriente que contribui para o aparecimento da hipertensão.
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