Juntas, essas duas condições foram responsáveis por quase 30% de todas as mortes entre crianças de até 5 anos registradas em 2013
Nascimento prematuro: complicações foram responsáveis por 965 mil mortes entre crianças de até 5 anos em 2013
(ThinkStock/VEJA)
O estudo foi realizado na Faculdade de Saúde Pública de Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates. Os pesquisadores analisaram as possíveis causas das 6,3 milhões de mortes de recém-nascidos e crianças abaixo de cinco anos registradas em 2013.
Segundo a pesquisa, complicações decorrentes do parto prematuro causaram 965 000 mortes nessa faixa etária (15,3% do total) e a pneumonia, 935 000 óbitos (14,8%). Já o conjunto de doenças que provocou um maior número de morte de crianças com menos de cinco anos em 2013 foram as doenças infecciosas, como diarreia, malária e pneumonia. Essas moléstias causaram mais da metade (51,8%) dos óbitos nessa faixa etária no ano passado.
Ainda de acordo com o estudo americano, os países que registraram o maior número de óbitos entre crianças de até cinco anos foram Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo e China. Juntas, essas regiões somaram quase metade das mortes registradas em 2013.
Metas — Em 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou os Objetivos do Milênio, que incluem metas como acabar com fome e miséria no mundo, combater a aids e reduzir mortalidade infantil até 2015. De acordo com os autores do novo estudo, porém, os dados apontam que muitos países não vão conseguir atingir a meta da mortalidade infantil até o ano que vem.
Mesmo assim, os pesquisadores ressaltam que houve progresso nesse sentido nos últimos anos. No mundo, a taxa de mortalidade infantil caiu de 77,4 mortes por 1 000 crianças nascidas para 45,6 mortes por 1 000 nascimentos entre 2000 e 2013. No entanto, os autores estimam que, se a tendência mundial se mantiver, em 2030 haverá 4,4 milhões de mortes de crianças abaixo de cinco anos, sendo que 60% desses óbitos acontecerão na África Subsaariana.
“Embora um grande progresso tenha acontecido no combate à mortalidade infantil nas últimas duas décadas, ainda não é o suficiente. Milhões de crianças ainda morrem por causas evitáveis”, escreveram os pesquisadores no artigo.
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