Sindicato diz ter comprovado plágio de jornalista Joice Hasselmann
Em seu blog, a jornalista, hoje em "Veja", teria copiado 65 reportagens em menos de um mês
Reprodução do Facebook
Joice Hasselmann e Augusto Nunes, um de seus colegas na bancada do Veja.com
De acordo com Hamilton Cesário, presidente do Conselho de Ética do
sindicato, Hasselmann teve o direito de questionar as denúncias, mas não
atendeu a nenhuma das diversas convocações. “Ela abriu mão de se
defender”, disse. Em uma postagem no Facebook, Hasselmann diz que o sindicato representa “a escória do jornalismo” e chama os colegas de “desocupados”, “sanguessugas”, “canalhas” e “vira-latas”. Segundo ela, o processo teria ocorrido na “surdina” e seu advogado não conseguiu ter acesso ao processo.
Em julho de 2014, no entanto, a postura de Hasselmann foi diferente. O fotógrafo Jorge Mariano postou no Facebook um link para uma reportagem que teria sido plagiada pelo Blog da Joice. Por meio de sua conta oficial no Facebook, a jornalista pediu desculpas e respondeu afirmando que a cópia teria sido feita por um auxiliar, não identificado e posteriormente demitido, que não teria obedecido às suas orientações de creditar devidamente os autores e veículos. Hasselmann também afirmou que estava entrando em contato com os jornalistas plagiados para desculpar-se. "Peço desculpas pelo ocorrido. Sinto-me envergonhada com isso e não fujo a minha responsabilidade, afinal, o blog é meu, então não interessa quem postou, eu sou a responsável", respondeu.
O Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas do Paraná concluiu que Joice Hasselmann, hoje apresentadora do Veja.com, é responsável pelo plágio de 65 reportagens de 42 profissionais diferentes republicadas em seu site pessoal, o Blog da Joice, que funcionou quando ela trabalhava no Paraná e hoje está desativado. A decisão faz com que Joice fique proibida de integrar o sindicato e será remetida à Comissão Nacional de Ética da Federação dos Jornalistas.Todos os casos ocorreram entre os dias 24 de junho e 17 de julho de 2014 e foram denunciados por 23 jornalistas. Segundo
o parecer do Conselho de Ética, a jornalista é advertida por produção
comercial de um artigo sem autorização do profissional e da entidade que
detém a sua propriedade intelectual, e de infringir artigo do Código de
Ética e ferir a legislação de direito autoral. Todos os jornalistas prejudicados podem encaminhar processos civis contra a profissional.
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