O setor de serviços do país registrou alta de 2,1% em junho, em relação
ao mesmo mês de 2014, segundo informou o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (18). Essa é a menor taxa para junho desde 2012, quando começa a série histórica.
VARIAÇÃO DE SERVIÇOS
em %
Fonte: IBGE
O aumento de junho foi superior ao de maio (1,1%) e ao de abril (1,7%).
No entanto, no ano, o setor acumula a menor taxa para um semestre desde
2012 (2,3%).
O resultado também não foi tão positivo na comparação trimestral nem em
12 meses. A alta de 1,6% foi a menor da série, bem como o avanço de
3,5% em 12 meses.
“O setor de serviços vem acompanhando todo esse processo de
desaquecimento que estamos verificando na economia”, analisou Roberto
Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Na comparação com o mês anterior, cresceram os serviços profissionais,
administrativos e complementares (5,9%); transportes, serviços
auxiliares dos transportes e correio (4,4%) e outros serviços (0,4%).
Os serviços de informação e comunicação tiveram queda (-1,7%) e os serviços prestados às famílias não cresceram nem recuaram.
O especialista ressaltou que o resultado de junho foi influenciado
principalmente pela queda nos serviços audiovisuais – demonstrado no
serviço de informação e comunicação, e serviços de alojamento e
alimentação - que compõem os serviços prestados às famílias - que foram
aquecidos em 2014 por causa da Copa do Mundo “Tivemos no mês de junho do ano passado, a Copa do Mundo, onde esses
dois segmentos tiveram crescimento muito expressivo em junho de 2014.
Serviços audiovisuais cresceram 22,8% em 2014. E os serviços prestados
às famílias, 12,1%. Então, nós temos aí o efeito base. Nesse mês, não
tivemos Copa do Mundo e também temos o fato de as empresas estarem
cortando gastos com publicidade e propaganda, o que contribui mais ainda
para essa queda”, explicou.
De junho do ano passado para junho de 2015, o setor de serviços cresceu
mais em Rondônia (15,9%), Alagoas (8,0%) e Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e Santa Catarina (7,4% nos três locais). As menores variações
positivas ocorreram em Pernambuco (0,5%), Goiás (0,7%) e Acre (0,8%).
O setor de serviços recuou no Rio de Janeiro (-5,7%), na Paraíba
(-4,6%), no Amapá (-4,3%), no Maranhão (-2,9%), no Rio Grande do Norte
(-1,5%), no Amazonas (-0,6%), no Distrito Federal (-0,5%) e na Bahia
(-0,2%).
Serviços prestados as famílias não registraram queda
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