Fim de hostilidades entra em vigor dentro de sete dias, mas não se estende à luta contra extremistas, como o EI
Alemanha
- Representantes das principais potências mundiais anunciaram um acordo
nesta sexta-feira de um cessar-fogo na Síria dentro de sete dias. Este
seria o primeiro passo contra a guerra civil local, em vigor
desde 2011, quando a Primavera Árabe foi deflagrada. O anúncio foi
feito pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, na
Alemanha, onde as potências estão reunidas em torno do International
Syria Support Group (ISSG). Além da previsão do fim das hostilidades em
sete dias, o acordo garante o acesso à ajuda humanitária já neste fim de
semana através de um task force que será montado pelas Nações Unidas.
O cessar-fogo, porém, não se estende à luta contra grupos extremistas como o Estado Islâmico (Ex-Isis) e a Frente al-Nusra. Assim, o fim das hostilidades ficam restritas ao regime de Bashar al-Assad e aos grupos opositores rebeldes. "Quanto mais o conflito dura, mais os extremistas se aproveitam dele", disse Kerry, ressaltando que todos os países no momento entendem a importância deste acordo.
Objetivos
O acordo foi assinado por 17 países do ISSG em Munique e vem em um momento em que o Exército sírio avança sobre a província de Aleppo, com o apoio aéreo da Rússia, que iniciou operações militares no país no fim de 2015, a pedido de Assad. Já em Bruxelas, o secretário de Defesa norte-americano, Ashton Carter, apresentou o plano detalhado da nova fase da campanha contra o Estado Islâmico.
Nesta etapa, o objetivo principal é reconquistar as cidades de Mosul e Raqqa. Carter pediu aos aliados da coalizão internacional de aumentarem suas contribuições efetivas em um mês. Em cinco anos de conflitos na Síria, 11,5% da população (cerca de 260 mil pessoas) foi morta ou ficou ferida, de acordo com dados do Syrian Centre for Policy Research. Metade dos moradores da Síria foi obrigada a deixar o país em busca de refúgio.
O cessar-fogo, porém, não se estende à luta contra grupos extremistas como o Estado Islâmico (Ex-Isis) e a Frente al-Nusra. Assim, o fim das hostilidades ficam restritas ao regime de Bashar al-Assad e aos grupos opositores rebeldes. "Quanto mais o conflito dura, mais os extremistas se aproveitam dele", disse Kerry, ressaltando que todos os países no momento entendem a importância deste acordo.
As negociações para o acordo foram intensas e
tomaram várias madrugadas. No início, a Rússia defendia um cessar-fogo a
partir de 1 de março, enquanto os Estados Unidos e a União Europeia
queriam o fim dos combates imediatamente. "Tomamos medidas em dezembro,
medidas para facilitar
a trégua e decisões para permitir o acesso humanitário. Isso será
implementado imediatamente", disse a alto representante de política
externa da UE, a italiana Federica Mogherini, antes de se reunir com o
chanceler russo, Sergey Lavrov, e com o enviado especial da ONU para a
Síria, Staffan de Mistura.
A Itália também concordou que a
solução para a crise síria deve ultrapassar as medidas militares. "A
trégua precisa ser imediata ou, pelo menos, muito rápida.
Vimos que a situação se complica com o passar dos dias e das semanas",
comentou o ministro italiano das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni.
"A escalada militar russa dos últimos 15 dias não resolveu a crise
política nem humanitária na Síria. Por isso, fazemos um apelo a Moscou
para compartilhar a ideia de um cessar-fogo construtivo", pontuou o
chanceler. Já o líder da oposição russa, Riad Hidschab, pediu que o
regime do ditador Bashar al-Assad interrompa os ataques contra a
população.Objetivos
O acordo foi assinado por 17 países do ISSG em Munique e vem em um momento em que o Exército sírio avança sobre a província de Aleppo, com o apoio aéreo da Rússia, que iniciou operações militares no país no fim de 2015, a pedido de Assad. Já em Bruxelas, o secretário de Defesa norte-americano, Ashton Carter, apresentou o plano detalhado da nova fase da campanha contra o Estado Islâmico.
Nesta etapa, o objetivo principal é reconquistar as cidades de Mosul e Raqqa. Carter pediu aos aliados da coalizão internacional de aumentarem suas contribuições efetivas em um mês. Em cinco anos de conflitos na Síria, 11,5% da população (cerca de 260 mil pessoas) foi morta ou ficou ferida, de acordo com dados do Syrian Centre for Policy Research. Metade dos moradores da Síria foi obrigada a deixar o país em busca de refúgio.
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