2.17.2016

Picciani vence e golpe se torna mais remoto.



Brasília 247 – Por 37 votos a 30, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) acaba de ser reeleito líder do PMDB. Aliado da presidente Dilma Rousseff, ele superou Hugo Motta (PMDB-PB), que era o candidato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Com isso a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff se torna mais remota.
O apoio do PMDB é vital para que o governo Dilma recupere condições de governabilidade e possa encaminhar reformas, como a da Previdência, bem como medidas do ajuste fiscal, como a aprovação da CPMF.
Picciani já declarou ser contra o impeachment. Num artigo publicado nesta semana, ele também afirmou que os derrotados na eleição presidencial de 2014 devem depor suas armas.
Sua vitória foi também uma derrota de Cunha, que agora terá que apresentar sua defesa tanto no conselho de ética da Câmara como no STF, onde ele está prestes a se tornar réu por corrupção.
Leia aqui artigo do deputado publicado nesta semana em que ele pede a defesa da democracia e diz que os derrotados devem recolher suas armas.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Picciani é reeleito líder do PMDB na Câmara dos Deputados
Luciano Nascimento - Com 37 votos, o deputado Leonardo Picciani (RJ) foi reconduzido ao cargo de líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados. Mais próximo ao Palácio do Planalto, Picciani venceu Hugo Motta, que obteve 30 votos. Motta era o candidato do presidente da Casa, o também peemedebista Eduardo Cunha (RJ).
Dos 71 deputados aptos a votar, dois não votaram.
Além do apoio do governo, Picciani teve a seu favor a ampliação da bancada na Câmara com o retorno de titulares que ocupavam cargos no Executivo e foram exonerados para participar das eleições de hoje à tarde. É o caso de Marcelo Castro, que foi exonerado do cargo de ministro da Saúde somente para participar da votação. Castro foi indicado para a pasta por Picciani nas negociações com o Planalto na última reforma ministerial.
Os deputados Pedro Paulo (RJ) e Marco Antônio Cabral (RJ), que são secretários no governo do Rio de Janeiro também deixaram seus postos para participar da eleição, com a missão de apoiar a recondução de Picciani.
A escolha da liderança da bancada do partido é uma das mais esperadas neste início de ano em função dos reflexos que o nome terá sobre as decisões na Câmara, entre elas a pauta de votações do governo e o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
A eleição de Picciani é entendida como favorável ao Planalto e enfraquece uma parcela do PMDB que defende o rompimento com o governo. A escolha também pode ter impacto no destino de Cunha, que enfrenta um processo de cassação de mandato no Conselho de Ética.
Maior bancada na Câmara, o PMDB tem força sobre a tramitação de projetos importantes para o governo. Além disso, também compete ao líder a indicação dos oito integrantes do partido na comissão especial que analisará o pedido de impedimento da presidenta.

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