Em entrevista exclusiva a Wellignton Calasans, correspondente do blog
Cafezinho na Suécia e comentarista de política internacional para
rádios africanas, ex-presidente Lula lamenta o "golpe travestido de
impeachment e a perseguição judicial a si e a seu partido"; “Nós temos
um comportamento autoritário da imprensa brasileira, nós temos um
comportamento equivocado de setores do MP, nós temos um estado de
exceção com o comportamento da própria PF. Eu diria uma situação que
envergonha o Brasil no mundo, porque o Brasil não está nem respeitando
internamente a Constituição nem está respeitando a democracia”, diz
Lula; ele observou que a "elite brasileira não sabe viver
democraticamente numa sociedade em que ela não governa
Recurso do ex-presidente Lula apresentado ao Comitê de Direitos
Humanos da ONU, em Genebra, contra abuso de poder do juiz Sérgio Moro,
na Lava Jato, tem repercussão nos principais jornais do mundo: “A ONU
pode fazer recomendações sobre o caso de Lula, aconselhando as
autoridades brasileiras a rever e corrigir procedimentos, de acordo com
os advogados”, diz a Bloomberg; “Caso de direitos humanos do ex-
presidente do Brasil procura colocar métodos dos promotores em
julgamento”, destaca o Financial Times; já o Guardian destaca alegações
do advogado Geoffrey Robertson, que aponta o problema das detenções
feitas sem julgamento e critica a forma como vem sendo feitos acordos de
delação premiada no Brasil: "O juiz tem o poder de deter o suspeito
indefinidamente até obter uma confissão e uma delação premiada. Claro
que isso leva a condenações equivocadas baseadas nas confissões que o
suspeito tem que fazer porque quer sair da prisão"
Nesta sexta-feira, começa oficialmente a delação premiada da
Odebrecht, que será feita por 50 executivos da empreiteira em todo o
país e atingirá cerca de 100 políticos; entre os alvos, além do
ex-presidente Lula e da presidente eleita Dilma Rousseff, estão líderes
da oposição, com o senador Aécio Neves (PSDB); na lista, há tambémpelo
menos dez governadores e ex-governadores, incluindo o tucano Geraldo
Alckmin (SP), Fernando Pezão e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio
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