7.25.2016

Polícia invade Palácio Capanema e encerra ocupação contra Temer


FABIO BRISOLLA
A Polícia Federal invadiu o Palácio Capanema, no centro do Rio, na manhã desta segunda-feira (25) para encerrar a ocupação iniciada por manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Cerca de 50 agentes da PF chegaram ao edifício pouco depois das 6h. Parte desta tropa seguiu direto para o segundo andar, onde fica o Salão Portinari, espaço que virou dormitório dos ocupantes.

Mauro Pimentel/Folhapress
RIO DE JANEIRO, RJ, 25.07.2016: REINTEGRACAO DE POSSE DO PALÁCIO CAPANEMA - Alysson Luan de Oliveira e um dos presos na operação Hashtag da Policia Federal. O jovem teria participado do planejamento de um atentado terrorista a ser realizado durante os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. (Foto: Mauro Pimentel/Folhapress, FSP-FOTO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
Manifestante no Palácio Capanema, invadido pela Polícia Federal na manhã desta segunda (25)
Sede da Funarte (Fundação Nacional de Artes) e do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional) no Rio de Janeiro, o edifício estava ocupado desde o dia 16 de maio. A ação foi tomada após Michel Temer assumir a Presidência e anunciar a extinção do Ministério da Cultura. Mesmo após o governo voltar atrás na decisão, o protesto prosseguiu no local.
Ao entrar no Salão Portinari, os policiais acordaram os manifestantes e desocuparam o espaço - celebrado pelos painéis de Candido Portinari que decoram as paredes.
Às 9h, um grupo de 30 ocupantes permanecia no pilotis do Capanema cercado pelos agentes da PF, que negociavam a saída do grupo. A área ao redor do Capanema foi isolada pelos agentes.
Diante da ação policial, os manifestantes fizeram coro contra o governo Temer. E algumas mulheres do grupo mostraram os seios como forma de protesto.
OUTRO LADO
O Ministério da Cultura soltou uma nota, afirmando que pediu a reintegração de posse para "que as obras de reforma orçadas em R$ 20 milhões tenham a devida continuidade" no local.
"O Ministério tem recebido relatos de depredação do patrimônio público, ameaça aos servidores públicos, uso de drogas, presença de indivíduos armados, além da circulação de menores", diz o texto enviado à imprensa.
"O risco de danos ao patrimônio público em prédios históricos é eminente e, por diversas vezes, funcionários públicos já foram impedidos de prestar serviços de atendimento e de circular livremente em seus locais de trabalho.

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