12.02.2016

Você sabe o que é intolerância à lactose?


Indivíduos com intolerância à lactose são incapazes de digerir o açúcar (lactose) no leite.
Após comerem ou beberem produtos lácteos desenvolvem diarreia, gases e distensão abdominal.
A má absorção à lactose não é perigosa porém pode apresentar sintomas desconfortáveis.
A deficiência de lactase (uma enzima produzida no intestino delgado) é geralmente responsável pela intolerância à lactose.
A maior parte das pessoas com essa condição conseguem administrar a intolerância sem precisar abandonar os alimentos lácteos.

Sintomas:

Sinais e sintomas de intolerância à lactose geralmente aparecem após 30 minutos a 2 horas depois de comer ou beber produtos que contem lactose. Entre eles estão:
- Diarreia.
- Náusea.
- Dores abdominais.
- Distensão abdominal.
- Gases.
É recomendado que seja marcada uma consulta com o médico se esses sintomas sejam sentidos com frequência. A falta de cálcio no organismo também deve ser abordada na conversa.

Causas:

A intolerância à lactose ocorre quando o organismo não produz quantidades suficientes de lactase para digerir a lactose.
Normalmente a lactase transforma o açúcar do leite (lactose) em dois tipos simples de açúcar, glucose e galactose.
Se falta lactase no organismo, a lactose vai direto para o cólon ao invés de ser processada e absorvida. No cólon a lactose não digerida interage com bactérias causando os sintomas de intolerância.
Existem três tipos de intolerância à lactose.

Intolerância à lactose primária:

Essa é a forma mais comum de intolerância à lactose. Pessoas que desenvolvem esse tipo de intolerância começam a vida produzindo a quantidade normal de lactase. Quando o desmame acontece as taxas de produção diminuem gerando a intolerância.
A intolerância primária tem origem genética.

Intolerância à lactose secundária:

Essa forma de intolerância ocorre quando o intestino delgado diminui a produção de lactase depois de alguma doença, lesão ou cirurgia no mesmo.
Tratamento médico pode reverter essa condição.

Intolerância à lactose congênita:

É possível, porém muito raro, que bebês nasçam com intolerância à lactose causada por falta completa de produção de lactase.
Essa desordem passa de geração para geração em um padrão de herança chamado de autossômica recessiva (pai e mãe passam a mesma variante de gene para o filho).
Bebês pré-maturos também podem sofrer desse tipo de intolerância.

Fatores de risco:

- Idade. A intolerância à lactose geralmente ocorre em adultos sendo incomum em crianças e bebês.
- Etnia. A intolerância à lactose é mais comum em africanos, asiáticos, hispânicos e descendentes de índios americanos.
- Nascimento prematuro. O nascimento prematuro faz com que a criança tenha níveis de produção de lactase reduzidos.
- Doenças que afetam o intestino delgado. Problemas no intestino delgado podem causar intolerância a lactose, crescimento bacteriano, doença celíaca e doença de Crohn.
- Alguns tratamentos de câncer. A radioterapia no abdômen e complicações intestinais causadas pela quimioterapia pode gerar intolerância à lactose.
Para diagnosticar a intolerância à lactose o médico pode pedir o teste de tolerância à lactose, teste de respiração de hidrogênio e teste de acides de fezes.

Tratamento:

Não existem formas de aumentar a produção de lactase no organismo, porém existem formas de evitar o desconforto causado pela intolerância. São eles:
- Evitar grandes quantidades de produtos lácteos.
- Inserir pequenas quantidades de produtos lácteos na dieta.
- Consumir sorvete e leite com lactose reduzida.
- Beber leite após adicionar líquidos ou soluções que quebram a lactose.
A falta de cálcio por não consumir produtos lácteos pode ser resolvida ingerindo outros alimentos como:
- Brócolis.
- Salmão enlatado.
- Leite de soja e leite de arroz.
- Laranja.
- Espinafre.
- Feijão.
- Ruibarbo.
- Produtos enriquecidos com cálcio.
A intolerância à lactose pode ser difícil porém não é grave.

Para mais informações procure o seu médico.

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