Delator da Odebrecht aponta R$ 22 milhões para Jucá, o líder de Temer
O Brasil vive um clima de guerra nuclear; no mesmo dia em que procuradores da Lava Jato ameaçaram renunciar, em represália ao pacote da Câmara que prevê punições a juízes e procuradores, vazam trechos de uma das delações da Odebrecht, que tem potencial para aniquilar o líder do governo Temer, senador Romero Jucá (PMDB-RR); segundo o delator Claudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht em Brasília, Jucá, que era chamado de "Índio", recebeu R$ 22 milhões; em coletiva nesta tarde, o procurador Deltan Dallagnol afirmou que as medidas da Câmara visam "estancar a sangria" da Lava Jato – frase dita por Jucá para justificar o golpe contra a presidente Dilma Rousseff"Segundo informações que prestou à Lava Jato em sua tentativa de delação premiada, ele foi o responsável por intermediar repasses de cerca de R$ 22 milhões a Romero Jucá. De acordo com o delator, os recursos posteriormente eram divididos com outros caciques do PMDB, no caso, Renan e Eunício. Melo Filho alegou que os recursos foram pagos para que Jucá, Renan e Eunício garantissem a aprovação de projetos e medidas provisórias de tal forma que os interesse da Odebrecht fossem preservados nas matérias", informa o jornalista Severino Motta. "Segundo o delator, o grupo atuou, por exemplo, na tramitação da 'MP do Bem', no projeto de resolução que tratou da chamada 'Guerra dos Portos', em matérias tributárias, de fornecimento de energia para grandes consumidores do Nordeste, entre outros temas."
Segundo sua reportagem, a assessoria de Jucá enviou uma nota dizendo que o senador desconhece a delação do senhor Claudio Melo Filho.
Em coletiva nesta tarde, o procurador Deltan Dallagnol afirmou que as medidas da Câmara visam "estancar a sangria" da Lava Jato – frase dita por Jucá para justificar o golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
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