Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Deltan
Dallagnol, que antes do impeachment dizia que não havia diferença em
ações de combate à corrupção entre os governos, reconheceu que na gestão
da presidente deposta Dilma Rousseff houve mais avanço nesse sentido;
"Até o governo Dilma avançou propostas contra a corrupção muito melhores
que as que foram aprovadas", disse nesta quarta-feira 30, em coletiva
de imprensa convocada para criticar a aprovação, pela Câmara, das 10
medidas contra a corrupção, que inclui a proposta de abuso de autoridade
contra magistrados
Antes do impeachment, Dallagnol sempre afirmou que não havia diferença em ações de combate à corrupção entre os governos. "Até o governo Dilma avançou propostas contra a corrupção muito melhores que as que foram aprovadas", disse.
Dallagnol fazia referência às 10 medidas contra a corrupção aprovadas ontem à noite pela Câmara. O pacote inclui a proposta de abuso de autoridade contra magistrados, que foi amplamente criticada por entidades do setor Judiciário.
Na coletiva, os procuradores também disseram que os deputados foram movidos por "um espírito de autopreservação". "O objetivo é 'estancar a sangria'", afirmaram, em nota, fazendo referência à gravação divulgada do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e dando sinais de que descobriram agora que o golpe foi para interromper a Lava Jato.
"Há evidente conflito de interesses entre o que a sociedade quer e aqueles que se envolveram em atos de corrupção", disseram ainda. Os integrantes da força-tarefa ameaçaram renunciar caso Michel Temer sancione a anistia ao caixa 2
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