O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que
articulou o golpe que tirou Dilma Rousseff do poder, recebeu R$ 1 milhão
para "comprar" votos de deputados a favor do impeachment; a revelação
foi feita pelo operador Lúcio Funaro em depoimento à Procuradoria Geral
da República; o dinheiro foi entregue pelo próprio delator, após um
pedido de Cunha; "Ele me pergunta se eu tinha disponibilidade de
dinheiro, que ele pudesse ter algum recurso disponível pra comprar algum
voto ali favorável ao impeachment da Dilma", relatou Funaro
De acordo com o operador Lúcio Funaro, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu das mãos dele R$ 1 milhão para "comprar" votos a favor do impeachment.
Em depoimento à Procuradoria Geral da República no dia 23 de agosto, conforme vídeos divulgados pela Folha de S.Paulo, o dinheiro foi entregue após um pedido de Cunha.
"Ele me pergunta se eu tinha disponibilidade de dinheiro, que ele pudesse ter algum recurso disponível pra comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas no máximo", disse Funaro.
Uma procuradora questiona Funaro, durante o depoimento: "Ele (Cunha) falou expressamente comprar votos?". Funaro respondeu: "Comprar votos".
"Depois de uma semana de aprovado o impeachment, comecei a enviar dinheiro para ele (Cunha) ir pagando os compromissos que ele tinha assumido", acrescentou Funaro, informando ter 'consolidado' o valor total de R$ 1 milhão. O dinheiro foi entregue em Brasília, Rio e São Paulo, disse.
Em nota, Cunha negou as acusações de Funaro e declarou ainda ser uma "absoluta mentira" as referências de Funaro a outros políticos, como Michel Temer.
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