Irritação do tecido que liga o músculo do antebraço ao cotovelo.
Comum
Casos por ano: mais de 150 mil (Brasil)
O cotovelo de tenista pode ser causado por movimentos repetitivos do pulso e do braço.
A dor é o principal sintoma. Normalmente, ocorre na parte externa do cotovelo e, às vezes, no antebraço e no pulso.
O tratamento inclui repouso, analgésicos e fisioterapia.
Idades afetadas
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19-40 | |
41-60 | |
60+ |
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Fontes: Hospital Israelita A. Einstein e outros. Saiba mais
Epicondilite lateral ou cotovelo de tenista, é uma condição que causa dor no cotovelo gerada pelo uso excessivo dos braços, antebraços e mãos, em especial nos esportes com raquetes (tênis e squash). Apesar da maior frequência em atletas amadores ou profissionais de tênis, outros esportes e atividades que requeiram movimentos repetidos de rotação, flexão e extensão do punho podem provocar o mesmo dano que o swing de uma raquete.
A dor se localiza ao redor da protuberância óssea lateral do cotovelo. Se difere da dor da epicondilite medial, que se localiza na parte interna do cotovelo. O desenvolvimento da dor pode ser gradual ou súbito e com intensidade suficiente para tornar-se incapacitante para a atividade repetitiva com os braços.
A epicondilite lateral é uma inflamação dos tendões dos músculos do antebraço que se juntam na parte externa do cotovelo, junto ao ossinho que todos temos no lado externo do cotovelo. Os músculos e tendões do antebraço ficam danificados pelo uso excessivo e repetitivo dos movimentos. Isso leva a dor e sensibilidade na parte externa do cotovelo.
Existem muitas opções de tratamento da epicondilite lateral. Na maioria dos casos, o tratamento envolve uma abordagem em equipe. Ortopedistas especialistas em ombro e cotovelo, fisioterapeutas e, em alguns casos, cirurgiões trabalham juntos para fornecer os cuidados mais eficazes.
Causa do Cotovelo de Tenista
O cotovelo de tenista é provocado por um tendão específico no antebraço: o tendão do músculo extensor radial curto do carpo (ERCC). Este músculo ajuda a estabilizar o punho quando o cotovelo está reto. Isso ocorre durante uma raquetada no tênis, por exemplo. Quando o ERCC é enfraquecido pelo uso excessivo, roturas microscópicas são formadas no seu tendão, responsável por fixá-lo ao epicôndilo lateral (ossinho externo do cotovelo). Isso leva à inflamação e dor.
O ERCC está em maior risco de danos devido à sua posição. Com os movimentos de flexão e extensão do cotovelo, o músculo é atritado sobre as protuberâncias ósseas causando desgaste gradual do seu tendão (tendão é a porção final dos músculos, que os une aos ossos) ao longo do tempo.
Atividades
Os atletas não são as únicas pessoas que desenvolvem “cotovelo de tenista”. Muitas pessoas com epicondilite lateral participam de atividades de trabalho ou recreativas que exigem o uso repetitivo e vigoroso dos músculos do antebraço.
Pintores, encanadores e carpinteiros são particularmente propensos a desenvolver o “cotovelo de tenista”. Estudos têm mostrado que os trabalhadores de automóveis, cozinheiros e até mesmo açougueiros podem “adquirir” a epicondilite lateral com mais freqüência do que o resto da população. A repetição dos movimentos e o levantamento de peso necessários para essas ocupações provocam as lesões.
É muito comum ver pessoas com epicondilite, complicações na cervical, então, precisamos corrigir a postura e reequilibrar músculos e articulações de todo o seguimento envolvido.Você, que utiliza muito o computador
Fisioterapeuta diz que a inflamação no cotovelo é mais comum do que parece e o computador é um dos maiores vilões
A Epicondilitelateral, mais conhecida como “cotovelo de tenista” e seu apelido se dá pela facilidade com que essa patologia é encontrada em atletas que praticam esportes de arremesso, uma vez que é causada pelo movimento repetitivo do punho e dedos nas atividades. Porém, essa afecção é muito mais comum de ser encontrada do que parece e no Brasil, a média é de 150 mil casos por ano. A fisioterapeuta Ana Gil tira todas as dúvidas sobre ela.
Segundo a especialista, a epicondilite lateral é uma entesopatia, ou seja, afecção da inserção muscular, no caso, na região lateral do cotovelo, onde se inserem os tendões extensores de punho e dedos. “Atividades corriqueiras como ficar no computador por muitas horas ou praticar exercícios de ginástica e musculação de forma errada, podem propiciar o surgimento do cotovelo de tenista. A doença é mais comum em pessoas acima dos 40 anos”.
Os sintomas são fáceis de detectar. “Geralmente começa com uma dor na região lateral do cotovelo, que se estende até as costas das mãos, principalmente ao tentar carregar algum objeto. Fraqueza, sensibilidade e rigidez na região também ocorrem com frequência”.
O diagnóstico da doença pode ser feito por um clínico geral, ortopedista ou reumatologista. “Na fisioterapia, tratamos a epicondilite através de exercícios específicos para a área. Não tratamos apenas a inflamação, mas sim o membro superior como um todo. Além disso, é muito comum ver pessoas com epicondilite, com complicações na cervical, então, precisamos corrigir a postura e reequilibrar músculos e articulações de todo o seguimento envolvido. Para isso a RPG (Reeducação Postural Global), pode ser uma grande aliada. Preventivamente, preparamos a musculatura, evitando a ocorrência e reincidivas, principalmente em clientes que realizam atividades que propiciam o surgimento desta patologia, como as que utilizam muitas horas o computador”l.
Há formas de prevenir o cotovelo de tenista. “Utilizar a raquete mais indicada para cada pessoa, melhorar a técnica do gesto desportivo e pausas para alongamentos desta musculatura extensora, durante a atividade física. No caso do uso prolongado do computador, também é importante pausar para alongamentos ao longo do dia, além de procurar melhorar a postura e apoiar completamente o antebraço no braço da cadeira e/ou mesa, ao mexer no mouse”.
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