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3.05.2009
ABORTO, LIBERAÇÃO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE, OPINIÃO DO MINISTRO SOBRE ABORTO LEGAL e Pesquisa sobre o materialismo cientifico em relação ao aborto
ABORTO - UMA QUESTÃO PARA PLEBISCITO
19/02/2009
A posição corajosa do presidente da República de afirmar que o aborto é uma questão de saúde pública e, por isso, precisa ser discutida, revela sua sensibilidade para os temas do cotidiano que afligem de maneira mais grave as classes populares. O aborto em condições precárias mata mulheres pobres, com baixa escolaridade, em sua maioria negras e índias. No Brasil, calcula-se que são feitos mais de 1 milhão de abortos proibidos por ano, sendo uma das quatro causas principais das mortes maternas. A sua proibição, entretanto, não leva à diminuição da prática. A ilegalidade penaliza exclusivamente as mulheres carentes, que não têm condições de pagar clínicas clandestinas particulares e acabam fazendo aborto em condições inadequadas, com consequências que podem levar ao cemitério ou à infertilidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que de cada 100 mil interrupções de gravidez de forma segura, o risco de uma mulher morrer é próximo de zero. Em condições inseguras, esse risco sobe para 80%. Anualmente são feitas milhares de internações, em consequência de problemas pós-aborto. Segundo o Ministério da Saúde, 686 mulheres são internadas diariamente nos hospitais públicos por complicações decorrentes de abortos ilegais. Hoje, é fácil constatar a correlação existente entre os países avançados e a liberalização das leis. A Europa e a maioria dos países desenvolvidos permitem o aborto. O Código Penal brasileiro permite o aborto, realizado por um médico, somente em caso de estupro ou quando a mãe corre risco de morte. A proposta de não penalizar o aborto visa a atenuar os riscos clínicos envolvidos. Nos países onde o aborto é considerado legal, é feito de forma segura. Em 1995, o Brasil subscreveu a Declaração de Pequim, adotada na 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher, comprometendo-se a considerar a revisão de leis contendo medidas punitivas contra mulheres que tinham feito abortos ilegais. A opinião pública do país está dividida entre os que reconhecem o direito da mulher de decidir quanto a sua procriação e os que não reconhecem, sustentando que a interrupção voluntária da gravidez é um sinônimo velado de homicídio. É natural que líderes religiosos defendam princípios que consideram certos. A Constituição Apostólica, redigida em 1992 no papado de João Paulo II, considera o aborto uma falta grave, punida com a excomunhão. A manifestação da vontade popular é uma solução constitucional para questões desta magnitude; que transcendem os parâmetros normais. É assim no mundo inteiro. A descriminalização do aborto pode ser aprovada ou não. Trazer este problema para o debate público e sugerir um plebiscito para resolvê-lo parece ser a posição adequada. Além da implacável oposição dos católicos, o plebiscito enfrentará outra no plano jurídico. Sustentam alguns juristas que permitir o aborto é atentar contra a vida, em flagrante desrespeito ao artigo 5º da Constituição. No entanto, a consulta popular vai levar os eleitores a pensarem no assunto e tomarem uma decisão. O aprofundamento da questão vai, inclusive, mostrar que, para se conseguir baixas taxas de aborto, é preciso educação em sexualidade desde a infância e maior igualdade de poder entre mulheres e homens, além de amplo conhecimento e acesso a todos os métodos eficazes de contracepção. - Marcelo Medeiros, jornalista -
Fonte: Jornal do Brasil - Portal Médico
LIBERAÇÃO PÍLULA DO DIA SEGUINTE EM SP
19/02/2009
Lei municipal em Jundiaí proibia a distribuição de contraceptivo de emergência; medida é inconstitucional. O Tribunal de Justiça do Estado derrubou a lei que proibia a distribuição do contraceptivo de emergência - a pílula do dia seguinte - em Jundiaí. Por 21 votos a 3, os desembargadores consideraram a medida inconstitucional, por contrariar política federal de saúde pública. Sancionada em março passado, a lei foi questionada pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo. Nos últimos anos, pelo menos outras quatro leis do tipo foram derrubadas no tribunal, criadas em Pindamonhangaba, São José dos Campos, Jacareí e Cachoeira Paulista com apoio de grupos religiosos. Em Ilhabela uma lei restritiva está em vigor. Em Pirassununga até o DIU, anticoncepcional usado em larga escala desde o início dos anos 1970, foi vetado. "Mesmo assim, continuamos distribuindo", diz o prefeito de Pirassununga, Ademir Lindo (PSDB), contrário à lei. "São políticas com influências de grupos religiosos que privam a mulher de um direito. Privam até a mulher que sofreu violência sexual de evitar gravidez indesejada", diz a médica Lena Perez, coordenadora da área da saúde da mulher do Ministério da Saúde. "O contraceptivo de emergência não é para ser usado continuamente, mas é importante quando outros métodos falham. O uso evita que a mulher se arrisque em aborto ilegal." A médica perdeu a conta das batalhas que o ministério enfrentou com medidas municipais. Porto Velho (RO), São José do Rio Preto (SP), Maringá (PR), Londrina (PR) e Joinville (SC) tiveram projetos semelhantes, que foram arquivados, retirados para revisão ou vetados. Taubaté (SP) já teve moção de repúdio contra a pílula na Câmara Municipal. Maringá (PR) só tem aprovação para uso em serviços públicos que atendem casos de violência sexual. No Recife, a Igreja tentou impedir seu uso no Estado. "Se observamos o histórico do uso do contraceptivo de emergência no Brasil, vamos perceber a influência da Igreja Católica na política de saúde reprodutiva por meio dos vereadores ", diz a diretora executiva da ONG Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR), Margareth Arilha. "O contraceptivo de emergência não é abortivo pois age antes da concepção." CONFUSÃO - No julgamento de ontem, a discussão em torno do que é a pílula do dia seguinte marcou boa parte das apresentações. O relator da ação, desembargador Renato Nallini, defendeu a lei de Jundiaí, afirmando que considera o produto abortivo, e por isso o município estaria defendendo o direito à vida. Ele foi seguido por outros dois votos e contrariado por 21. "Apresentamos estudos científicos que mostram que a pílula do dia seguinte não é considerada produto abortivo. É um contraceptivo que impede que haja a ovulação", afirma a advogada Heloísa Machado, que representou a ONG Conectas, que pediu para fazer parte do processo. Para a presidente da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, Maria José Rosado, as leis municipais revelam uma onda conservadora. A Prefeitura de Jundiaí preferiu não comentar a decisão do tribunal, alegando que se tratava de lei sancionada pelo prefeito anterior. COMO FUNCIONA - Composição: O princípio ativo da pílula é o levonorgestrel que impede o encontro do óvulo com o espermatozóide; Orientação: O contraceptivo de emergência é distribuído nos postos de saúde apenas com orientação médica; Casos: A indicação da pílula não pode substituir o uso de métodos contraceptivos regulares, sendo restrita a situações excepcionais, como falha desses métodos, violência sexual ou no caso de a paciente relatar a prática de relações sexuais sem proteção prévia. - Simone Iwasso e Emilio Sant'Anna -
Fonte: Estado de São Paulo - Portal Médico
Excomunhão após aborto de menina foi 'radical', diz Temporão
MINISTRO TEMPORÂO FALA SOBRE ABORTO LEGAL
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta quinta-feira que a decisão da Igreja Católica de excomungar os envolvidos no aborto de uma menina de 9 anos no interior de Pernambuco foi "radical" e "inadequada".
Igreja excomunda responsáveis pelo aborto
A excomunhão foi anunciada nesta quarta-feira pelo arcebispo de Olinda e de Recife, d. José Cardoso Sobrinho. De acordo com a polícia, o padrasto da criança confessou que abusava da garota.
"A lei brasileira é muito clara: a interrupção da gravidez é autorizada em caso de estupro. Trata-se de uma criança e, do ponto de vista biológico, não acredito que ela tivesse condições de levar a termo essa gestação de gêmeos", disse, ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro.
Para Temporão, o ato de excomungar os envolvidos no aborto é um contra-senso diante do que aconteceu à criança, vítima de estupro pelo padrasto. "Fiquei chocado com os dois fatos: com o que aconteceu com a menina e com a posição desse religioso que, equivocadamente, ao dizer que defende uma vida, coloca em risco uma outra tão importante."
A menina está em uma maternidade pública do Recife, onde foi internada na última terça-feira, quando começou a receber medicamentos para interromper a gravidez. No fim da manhã desta quarta , a direção do hospital confirmou o aborto.
Pesquisa sobre o materialismo cientifico em relação ao aborto
Criança Abortada
:: Osvaldo Shimoda ::
O fato de a ciência ainda se estruturar em bases materialistas, não leva em consideração a existência da alma, do espírito, o que dificulta qualquer iniciativa que vise ao confronto com a outra realidade, a realidade espiritual.
Desta forma, para o materialismo científico, o critério científico é puramente organicista, vendo o ser humano com um mero agregado de carne e osso, estudando apenas os fenômenos físico-químicos relacionados com o metabolismo biológico.
Para a neurociência, a alma não passa de produto do cérebro, que, por sua vez, é constituído de complexa combinação de inúmeras células e substâncias químicas, a exemplo da serotonina, dopamina, acetilcolina e outras.
O pensamento materialista não está presente só na ciência, mas também na política, no regime democrático, que não cansa de defender os direitos humanos da mulher na legalização da prática do aborto que está embasada também na visão materialista do ser humano, vendo-o como um mero aglomerado de matéria.
A ciência investiga apenas as causas e os efeitos materiais, não considerando que possa haver uma interrelação de causa e efeito entre mundo espiritual e mundo material, ignorando, portanto, uma das leis universais, a lei de causa e efeito, a lei do carma.
Na T.R.E. (Terapia Regressiva Evolutiva)- A terapia do mentor espiritual - uma nova e breve abordagem psicológica e espiritual criada por mim, ao conduzir mais de 5000 sessões de regressão de memória, constatei que existem três fatores que levam uma pessoa a ter um determinado problema:
1º Fator interno: Psicológico; criado pelo paciente de experiências traumáticas desta (infância, nascimento, útero materno) ou de vidas passadas (na maioria dos casos);
2º Fator externo: Espiritual; ocasionado por uma presença espiritual obsessora (ser desencarnado, desafeto do passado do paciente);
3º Fator Misto: Psicológico e Espiritual.
Na minha estatística em 95% dos pacientes, o fator espiritual (espírito obsessor) se não for a causa principal do problema, é sempre uma agravante e, em 5% dos casos, é puramente psicológica, não havendo, portanto, nenhuma interferência espiritual obsessora na gênese do problema do paciente.
O alto índice (95%) de interferência espiritual obsessora nesses casos se explica por conta de nossa imaturidade, ignorância das leis Divinas, Universais, enquanto espíritos em evolução (trazemos maus hábitos e imperfeições de vidas pretéritas).
Desta forma, cometemos erros e equívocos com nossos semelhantes, gerando carmas, desafetos -obsessores encarnados ou desencarnados-, que são movidos pelo ódio, desejo de vingança, ainda presos ao passado.
Portanto, é de praxe perguntar ao paciente na entrevista inicial de avaliação se foi praticado algum aborto deliberado, por ele e/ou por seus pais. Confirmado o aborto é comum o espírito da criança abortada se manifestar nas sessões de regressão acusando a paciente e/ou seus pais com muito ódio e revolta pelo mal que lhe fizeram.
Em muitos casos, a família que tem um filho problemático, revoltado, que se recusa a frequentar a escola, que tem ódio de si e dos pais, às vezes tenta se suicidar, os pais levam-no ao consultório psicológico e/ou psiquiátrico, mas nada conseguem, pode estar sendo obsidiado, influenciado pelo espírito da criança abortada pelos pais.
Nesse caso, esse filho problemático pode estar sendo obsidiado pelo seu irmão que não chegou a nascer e o usa para agredir, se vingar dos pais, tumultuando o ambiente familiar.
No livro "Pela Paz dos Anjinhos" de Kamino Kusumoto (Seicho-no-ie), o autor esclarece que existem sete comportamentos típicos que caracterizam quando uma criança está sendo obsidiada pelo seu irmão abortado. São eles:
1- Perda do ânimo, por exemplo, as vésperas de uma prova escolar. A criança se esforça, mas um obstáculo poderoso (obsessor espiritual) o impede de perseverar no esforço;
2- Permanência em lugares escuros: de dia, a criança ou adolescente dorme com cortinas fechadas e mantém o quarto sempre em escuridão; à noite perambula pelas ruas escuras sem destino, muitas vezes anda em grupo, com menores que têm os mesmos problemas. Reflete a alma da criança abortada que perambula por um mundo deserto e escuro (região do umbral, reino das trevas);
3- Desejo persistente de comer doces e tomar leite, como se fosse um bebê;
4- Mãos e pés constantemente gelados (desde que não seja problema vascular, circulatório, é comum a pessoa obsidiada sentir muito frio, mesmo no verão);
5- Rebeldia contra os pais: o filho irrita-se com os pais por nada, é agressivo com eles e tem vontade de matá-los. Representa o rancor da criança abortada contra os pais;
6- Desejo de ficar solitário: o filho não atende o amigo que vai visitá-lo e prefere se trancar no quarto ou abandonar o lar, e anda a esmo pelas ruas, sentindo desejo de morrer;
7º-Gasto excessivo de dinheiro: o filho acaba gastando em jogos e em futilidades o que deveria ser gasto na criação do irmão abortado.
É importante ressaltar neste artigo que nem sempre a causa do mau comportamento de uma criança ou de um adolescente é fruto da influência de um espírito obsessor, pois cada caso é um caso. Portanto, há que se distinguir um desvio de comportamento de causa psicológica e os que são provocados pela alma da criança abortada. No entanto, se uma criança ou adolescente apresentar alguns desses comportamentos mencionados acima pelo autor, é bem provável que a origem do problema advénha de um espírito obsessor (desafeto de vidas passadas do obsidiado) ou do aborto provocado por seus pais.
Veja a seguir o caso de uma paciente, cuja transmissão de carma era proveniente de aborto praticado por três gerações: avó, mãe e filha (a paciente atual).
Caso Clínico:
Mulher de 29 anos, casada.
Transmissão de carma proveniente de aborto praticado por três gerações (avó, mãe e filha)
Paciente veio ao meu consultório querendo entender por que sentia tanta raiva, revolta pela mãe. Sentia que sua mãe não gostava dela, pois desde criança dava mais atenção e carinho ao seu irmão caçula.
Após a morte do pai, sua mãe lhe dizia que teria que dar mais atenção ao irmão e a deixava de lado. Dizia também que não iria ao seu casamento por não se sentir sua mãe. Numa ocasião, ao discutir com a paciente, sua mãe lhe disse aos berros: "Você merece um filho com Síndrome de Down".
Sempre foi uma criança extremamente agitada, revoltada, insatisfeita, amargurada e mal-humorada. Tinha também dificuldade para dormir (até hoje só conseguia dormir cobrindo seus olhos com uma tarja preta).
Aos quatro anos teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral), fez exame de ressonância magnética, mas não acusou nenhum distúrbio neurológico. A mãe dizia que a paciente chorava muito, ninguém conseguia fazê-la dormir, fazia birra, principalmente após o nascimento de seu irmão caçula. Após o AVC desenvolveu hipertensão, precisando tomar remédio durante quatro anos.
Aos 15 anos virou sua vida do avesso; aprontava, saía com uma turma "esquisita" (segundo a paciente) e começou a apresentar sintomas de fibromialgia (sentia dores musculares, um nódulo nas costas como se estivesse carregando um peso grande).
Entrou em depressão profunda em 2003 e teve que largar a faculdade. Sentia fadiga crônica, acordava cansada e sentia culpa por não se sentir merecedora de ser feliz.
Para se curar da fibromialgia passou pelo reumatologista, microfisioterapeuta, acupuntura, terapia floral e psicoterapia, sem obter sucesso.
Veio a descobrir que não só ela e a mãe praticaram aborto, mas sua avó materna também.
Tinha também muito medo, pavor de ter um filho. Sentia muito frio à noite e, ao dormir, precisava se agasalhar bastante com um monte de roupas e cobertas, mesmo em época de verão.
Ao regredir me relatou:
"Está tudo escuro, me sinto apreensiva, sinto frio no dorso da mão esquerda (nessa terapia é comum o paciente sentir um frio no dorso da mão pelo fato do ser das trevas -região gélida e escura- pegar em sua mão).
Na verdade, esse frio que sinto aqui no consultório é o mesmo que costumo sentir em casa à noite quando vou dormir (pausa).
Nessa escuridão parece que tem alguém agachado, cobrindo a cabeça com as mãos. Esse ser espiritual das trevas está à minha esquerda não muito longe de mim, menos de dois metros de distância. Ele é um homem, usa uma camiseta, bermuda e calça um chinelo".
- Aproxime-se desse homem - peço à paciente.
Eu me aproximei, agachei-me em frente a ele e peguei em seu braço. Ele está com os braços cruzados, cobrindo o rosto.
- Veja quem é este ser espiritual - peço à paciente.
"A impressão que tenho (paciente intui) é que se trata do meu irmão que a minha mãe abortou (pausa).
Ele diz que se sente revoltado por ter sido abortado, questiona por que, em vez dele nascer, fui eu eu quem nasceu. Falo que não tive culpa, mas que sofri tanto quanto ele que está no umbral (região das trevas), pois captei as suas vibrações negativas de revolta, tristeza, frio, vontade de chorar e muita raiva de minha mãe.
Agora ele descruzou os braços e levantou a cabeça, mas não vejo o rosto dele. Está sorrindo para mim, diz que a minha família vem carregando ressentimento e rancor por várias gerações, que a minha mãe também sente ressentimento de minha avó, mãe dela, pois ela também praticou aborto.
Falou que eu tenho uma força espiritual maior de que os outros familiares. Por isso estou sendo um canal para as crianças abortadas pedirem ajuda.
Na sessão seguinte, a paciente me relatou: "Estou num lugar escuro, feio... Ai!!! alguém picou uma agulha no meu braço!
É um lugar estranho, uma gruta, tem poças de lama, estou caminhando, vejo um lago de brasas, caveiras no chão, parece o inferno (pausa)
Sinto um tremor no olho esquerdo, parece que alguém jogou algo quente. Coloco a mão no olho, me agacho tentando ver se pára de doer, cobrindo-o com a minha mão (pausa).
Parece que tem um vulto escuro bem grande atrás de mim".
- Veja quem é esse vulto escuro, esse ser espiritual - peço à paciente.
Eu não o vejo direito, ele está encapuzado e segura um cajado de madeira na mão. Fala que é ele que espetou o meu braço provocando dor, que eu mereço sofrer".
- Pergunte a esse ser espiritual o que você fez para ele - peço à paciente.
"Diz que eu o prejudiquei. Falo que não lembro".
- Pergunte-lhe de que forma você o prejudicou?- Peço à paciente.
"Você não lembra? Ele me indaga com sarcasmo (pausa).
Ele está agora apontando para o meu ventre e sinto uma dor forte...
A impressão é que ele é a criança que eu abortei. Ele fala que quer que eu sofra da mesma forma que ele está sofrendo nesse lugar, no astral inferior".
- Você quer dizer algo para ele? - Pergunto à paciente.
Eu gostaria de lhe dizer que sinto muito pelo que fiz, porque não tinha condições de ter um filho. Ele grita e diz que isso é injustificável, condenável e agora quer que eu pague por isso (pausa).
Ele está fazendo alguma coisa que me faz contorcer de dor na região abdominal (Paciente fala gemendo de dor).
Queria pedir perdão, não sabia que iria provocar tanta dor e angústia nele. Ele queria que eu o amasse".
- O que você poderia fazer para reparar esse erro? - Peço à paciente.
"Eu gostaria de ter uma chance para a gente ficar junto. Ele grita, diz que quer que eu sofra".
- Pergunte se está valendo a pena ele fazer tudo isso com você - peço novamente à paciente.
"Ele está chorando, diz que o mínimo que posso fazer por ele é orar, mandar luz para ele. Ele me afasta e me joga neste lugar, nas trevas onde estamos".
- Peça para ele pedir ajuda aos espíritos amparadores de luz - peço à paciente.
"Ele está no meu colo chorando e tremendo, parece que está pedindo ajuda. Pergunta por que as mulheres de nossa família fazem aborto. Eu falo que não sei também. Digo que ele vai saber a causa disso no plano espiritual de luz, onde ele vai ser cuidado (pausa).
Vejo agora um monte de seres de luz ao redor dele para ampará-lo. Disse-lhe que ele pode ir com eles (pausa). Os espíritos de luz estão tocando em seu ombro, consolando-o.
Ele está me dizendo que nunca se sentiu tão amparado como agora. Explico para ele que nós nos encontramos aqui no umbral para quebrar o ciclo da prática do aborto em nossa família.
Ele está me dizendo que esses seres de luz parecem legais e que vai com eles (pausa).
Vejo os seres de luz levando-o para um portal de luz, um túnel iluminado. Ele está se despedindo de mim, me agradece por tê-lo ajudado, vejo-o indo embora em direção à luz, junto com aqueles seres.
Estou vendo agora um homem de túnica branca, barba bem cumprida e careca. Ele estende a mão para mim, é o meu mentor espiritual (ser desencarnado diretamente responsável pela nossa evolução e, nessa terapia, é sempre o mentor espiritual de cada paciente que conduz este trabalho, mostrando-lhe a causa de seus problemas e a sua resolução.
Ele sorri e fala para parar de carregar tanta culpa nas costas, e que por conta disso desenvolvi a fibromialgia. Diz que todo o meu sofrimento está chegando ao fim, e que aos poucos vou conseguir ser feliz. Diz também que era esse ser espiritual abortado que estava gerando toda essa culpa e também o meu medo de ter um filho. Fala que graças a Deus conseguimos ajudá-lo, que está contente por eu ter cumprido uma das minhas missões, que era ajudá-lo a sair das trevas. Fala ainda que tenho muito a aprender, e que preciso acreditar mais em mim. Esclarece sobre a fibromialgia e a fadiga crônica, uma parte vinha dessa culpa que carregava e a outra era ele que colaborava para reforçá-la.
Esclarece ainda que o AVC que sofri quando criança, eu mesma que provoquei pela minha rebeldia de não querer reencarnar em missão da vida atual: ajudar o meu irmão abortado a buscar a luz.
No final do tratamento (4ª sessão), a paciente me disse que estava conseguindo dormir melhor e que a raiva, a revolta, a amargura, a insatisfação haviam diminuído de forma consistente. Seu relacionamento havia também melhorado bastante, sua mãe estava conversando com ela de forma mais calma e serena - antes do tratamento só gritava com ela.
Disse também que quando alguém a irritava, automaticamente explodia, perdia a paciência porque estava sempre armada, pronta para brigar. Agora dava uma respirada, deixava para lá e ia fazer outra coisa, pois estava se sentindo mais calma e centrada.
Fonte: somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=08418
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