3.04.2009

Liberados os primeiros testes com células-tronco em humanos


Liberados os primeiros testes com células-tronco em humanos
Há muitos voluntários que se submetem aos riscos na esperança de curar, por exemplo, a paraplegia. Mas é necessário mais pesquisas para se determinar a segurança do processo.

O FDA (Foods and Drugs Administration), órgão americano que regula a pesquisas médicas e de medicamentos com seres humanos, liberou a pesquisa clínica com células-tronco embrionárias (CTE) em humanos, exatamente dez anos depois que as primeiras CTE foram isoladas por James Thomson na Universidade de Wisconsin.

Ainda na fase 1, que define a segurança do método sem maiores expectativas do benefício clínico, e financiada por uma entidade particular, a empresa Geron, a experiência vai envolver de oito a dez pacientes com uma lesões graves e recentes da medula espinhal, no máximo duas semanas depois de terem sofrido o acidente. Embora se espere que se obtenham resultados melhores em uma lesão recente, ainda não cicatrizada, existe um fator negativo em analisar resultados clínicos em pessoas que acabaram de se acidentar, é mais difícil se determinar quanto da recuperação ocorreria espontaneamente, como resultado de fisoterapia e o quanto se deve atribuir às injeções de células-tronco. Mas essa condição é comum em experiências com humanos.

A liberação da pesquisa parece ser reflexo dos ventos da mudança da era Obama, já que a administração Bush era mais resistente no tocante às pesquisas na área da genética por pressão da base eleitoral conservadora, entre outros fatores.

O risco do uso de células-tronco é que elas também podem gerar tumores e uma vez injetadas não se tem mais controle sobre elas.

As CTEs usadas foram testadas em camundongos e não geraram tumores, espera-se portanto, que elas ajudem a regenerar as células nervosa da medula espinhal.
Entretanto, como elas podem se especializar em qualquer tipo de célula, pode acontecer de começarem a formar vasos sanguíneos, ossos, raiz de cabelo etc.

O Brasil pode adquirir o conhecimento advindo dessas pesquisas e acelerar o desenvolvimento nessa área. A liberação da pesquisa sobre as CTEs por enquanto se mostrou um acerto do STF.
Fonte: Veja

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