Sonho de felicidade
Um sono mais pesado e sem efeitos
colaterais: é a promessa dos novos
medicamentos contra a insonia
Três entre dez brasileiros adultos sofrem de insônia. Para cerca de 30 milhões de homens e mulheres, ou o sono não vem ou, quando vem, é muito interrompido. Pois bem, há boas-novas na luta contra as noites maldormidas.
Começam a ser lançados os primeiros remédios de uma nova classe de indutores do sono. O sonífero Lunesta chegará às farmácias americanas. Depois dele, virão o Ambien CR, o indiplon e o ramelteon (os dois últimos ainda sem nome comercial). Além de mais eficazes, os medicamentos modernos são mais seguros – ao menos é o que garantem seus fabricantes. Sob o risco de causarem dependência, os soníferos tradicionais não devem ser usados por mais de três semanas ininterruptas. Já com o Lunesta, por exemplo, o tratamento pode se prolongar por até seis meses.
Os quatro novos soníferos pertencem à terceira geração de remédios contra a insônia. Diferentemente das duas primeiras, eles têm ação específica sobre a química cerebral reguladora do sono.
O tratamento medicamentoso contra as noites em claro começou nos anos 50, com os benzodiazepínicos, cujos representantes mais famosos são o Dormonid e o Rohypnol. Esses medicamentos até colocam os insones para dormir, mas o sono que eles proporcionam não é dos mais proveitosos.
Muitos usuários acordam com uma sensação de embriaguez que os acompanha durante o dia. A partir da década de 90, chegaram ao mercado os remédios da família do zolpidem, princípio ativo do Stilnox – ou Ambien, nos Estados Unidos.
Mais seguros do que os benzodiazepínicos, eles têm um inconveniente: podem perder o efeito rapidamente, interrompendo o sono. Os novos, aparentemente, não oferecem esse problema. Previsto para chegar ao Brasil em 2007, o indiplon, do laboratório Pfizer, é liberado em duas etapas. A primeira ocorre no momento da ingestão do medicamento, para induzir o sono.
A segunda dá-se paulatinamente, ao longo de toda a noite, para garantir que a pessoa continue dormindo.
A indústria farmacêutica acredita que o mercado de soníferos dobrará até 2010. Hoje, o setor movimenta anualmente 3,5 bilhões de dólares no mundo. Apesar da maior eficácia e segurança dos soníferos de última geração, convém não abusar: há sempre o risco de o organismo se acostumar a essas substâncias. A conseqüência disso costuma ser paradoxal: mais insônia, agora provocada por remédios antiinsônia.
Novas drogas indutoras de sono:
Indiplon: Este medicamento é liberado em duas etapas. A primeira ocorre na hora da ingestão do comprimido, a segunda da-se ao longo da noite para manter a manutenção do sono.
Ambien CR: É a versão mais moderna do Zolpiden, o sonifero mais consumido nos EUA e o segundo mais popular no Brasil.
Este medicamento promove 7 horas ininterrupta de sono, cerca de 30% a mais que seu antecessor.
Ramelton:É o único da nova safra de soníferos que simula a ação de uma substancia produzida naturalmente pelo organismo que é a melatonina (hormonio indutor do sono).
Eszopiclone: Batizado de Lunesta, seu principio ativo é derivado do medicamento Imovane (lançado nos anos 80). Seus efeitos colaterais são minimizados não dando sensação de ressaca no dia seguinte.
Fonte: Veja
"boaspraticasfarmaceuticas" adverte: NÃO A AUTOMEDICAÇÃO.
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