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8.24.2009
O MUNDO MARAVILHOSO DO FARMACÊUTICO
O farmacêutico pesquisa, prepara, distribui e comercializa remédios, cosméticos e produtos de higiene pessoal. Investiga, examina e testa substâncias e princípios ativos que entram na composição de remédios e em produtos higiênicos e de perfumaria, observando as reações que provocam no organismo. Registra novas drogas e verifica se os produtos chegam ao consumidor dentro das normas e padrões sanitários.
Em farmácias, o farmacêutico distribui medicamentos e prepara fórmulas personalizadas. É obrigatório o registro no Conselho Regional de Farmácia. Farmácias: Seja com os medicamentos industrializados, com a manipulação alopática ou homeopática ou até mesmo na área hospitalar, o farmacêutico tem como responsabilidade a prestação da assistência e atenção farmacêutica.
O farmacêutico hospitalar é o responsável pelas atividades da farmácia de um hospital. Tem as funções básicas de selecionar (padronizar), requisitar, receber, armazenar, dispensar (conforme a evolução do sistema, em dose coletiva, individual ou unitária) e controlar os medicamentos (tanto os controlados por lei, quanto os antimicrobianos), observando os ensinamentos da farmacoeconômia, farmacovigilância e das boas práticas de armazenamento e dispensação. Em hospitais onde há serviços de manipulação de medicamentos, o farmacêutico é o responsável, aplicando o ensinamento da farmacotécnica e das boas práticas de manipulação. Ele ainda integra algumas comissões hospitalares, como CCIH (comissão de infecção hospitalar) e CFT (comissão de farmácia e terapia).
Na Radiofarmácia, o farmacêutico faz a aquisição e controle dos insumos utilizados na preparação dos radiofármacos; faz preparações farmacêuticas; faz fracionamento; faz o controle de qualidade radionuclídico, radioquímico, biológico e farmacológico; faz a dispensação; faz o controle farmacocinético de formas e sistemas de liberação de radiofármacos; faz a monitorização da terapêutica de radiofármacos; faz vigilância epidemiológica e sanitária; faz biossegurança de radiofármacos; faz a pesquisa de novos radionuclideos e radiofármacos; podendo assumir a direção e assessoramento de estabelecimentos e a responsabilidade técnica e desempenho de funções especializadas exercidas em empresas ou instituições de produção, importação, exportação e distribuição de radiofármacos.
No Laboratório de Análises Clínicas o farmacêutico atua nas áreas de microbiologia, genética, parasitologia, imunologia, bioquímica, banco de sangue (hemoterapia), toxicologia, citopatologia, biologia molecular, imunogenética, citogenética, histocompatibilidade e etc.
Análises Clínicas e Toxicológicas: Os exames clínicos laboratoriais (sangue, fezes, urina entre outros), são solicitados pelo médico para um melhor diagnóstico e realizados pelo farmacêutico. Também exames toxicológicos para atletas e animais (antidoping) e controle da poluição ambiental contam com a participação do profissional de farmácia.
No ensino, em faculdades ou escolas de saúde o farmacêutico leciona disciplinas ligadas a suas atribuições e a sua área de atuação. Nas instituições de ensino superior o farmacêutico pode atuar como coordenador de cursos de farmácia e/ou docente das disciplinas existentes nos currículos de cursos de farmácia. Existem profissionais que atuam também como professores no Ensino Médio.
Na indústria alimentícia, o farmacêutico controla a qualidade das matérias-primas e do produto final, estudando e estabelecendo métodos para evitar e detectar adulterações e falsificações, a fim de impedir danos à saúde pública.
Na Indústria Farmacêutica, Cosmética, Fitoterápicos e Alimentos: O farmacêutico aqui é diretamente responsável pela pesquisa, produção, desenvolvimento e controle da qualidade. Fatores que deverão comprovar a eficácia do medicamento ou produto. É na indústria também que se encontram os farmacêuticos que desenvolvem tecnologia para o controle de pragas e alimentos (agricultura).
Pesquisa Científica: Atualmente muitos farmacêuticos agregam valor ao projeto "Genoma Humano" que revelou o conjunto de genes do ser humano. Os resultados desse projeto deverão propiciar o desenvolvimento de medicamentos genéticos (com substância à base de DNA)
Distribuição e Transporte: O farmacêutico nesta área oferece suporte técnico que garante o modo correto de recebimento de medicamentos vindo de outros locais inclusive outros países. Práticas como o gerenciamento de estoques, formas de distribuição e atendimento ao cliente estando atento para aspectos de lote, validade, transporte e armazenamento.
Saúde Pública e Vigilância Sanitária: Todas as ações que envolvem o farmacêutico em cada uma das áreas citadas exige-se a vigilância sanitária no que se refere ao controle de qualidade de atendimento, higiene, práticas específicas entre outras normas que garantem uma assistência farmacêutica eficaz.
Os farmacêuticos são profissionais da saúde de tradição milenar, sucessores dos boticários, experts no uso de fármacos e medicamentos e suas consequências ao organismo humano ou animal.
De uma maneira geral, podem trabalhar numa farmácia, hospital, na indústria, em laboratórios de análises clínicas, cosméticos, agricultura, prevenção de pragas, distribuição, transporte e desenvolvimento medicamentos, entre outras funções e lugares.
Peritos na produção, manipulação e dispensação de medicamentos. Este profissional, também, tem o trabalho de prestar assistência farmacêutica,[2]e pode assumir responsabilidade técnica de laboratórios de análises clínicas, distribuidoras, farmácias, etc.
No Brasil, o farmacêutico pode exercer 71 atividades diferentes.
História da profissão farmacêutica no Brasil
Os primeiros europeus, degradados, aventureiros, colonos entre outras figuras da sociedade que chegaram até o Brasil, deixados por Martin Afonso, sem opção, tiveram que render-se aos tradicionais ensinamentos dos pajés, utilizando ervas naturais para o combate de suas chagas.
Medicamentos oficiais da Europa, só apareceram quando algum navio português, espanhol ou francês surgiam em expedição, trazendo o cirurgião barbeiro ou uma botica com diversas drogas e curativos.
Foi assim até a instituição do Governo Geral, de Thomé de Souza, que chegou na colônia com diversos religiosos, profissionais e entre eles Diogo de Castro, único boticário da grande armada, que possuia salário e função oficial. Os jesuítas acabaram assumindo funções de enfermeiros e boticários.[5]
Inicialmente, todo medicamento vinha de Portugal já preparado. Todavia, as ações piratas do século XVI e a navegação dificultosa impediam a constância dos navios e era necessário fazer grande programação de uso, como ocorria em São Vicente e São Paulo. Devido a estes fatos, os jesuítas foram os primeiros boticários do Brasil, onde seus colégios abrigavam boticas. Nestas, era possivel encontrar remédios do reino e plantas medicinais.
Em 1640 foi legalizado as boticas como ramo comercial. Os boticários eram aprovados em Coimbra pelo físico-mor, ou seu delegado, na então capital Salvador. Tais boticários, devido a facilidade de aprovação, eram pessoas de nível intelectual baixo, por vezes analfabetos, possuindo pouco conhecimento sobre os medicamentos. Comerciantes de secos e molhados se juntavam com boticários para sociedade e isto era prática comum na época.
Em 1744, o exercício da profissão passou a ser fiscalizado severamente, devido a reforma feita por Dom Manuel. Era proibido ilegalidades no comércio das drogas e medicamentos.
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Primeiro curso de farmácia do Brasil
O ensino de farmácia só iniciou-se no Brasil em 1824, porém, ainda em 1809, o curso de medicina do Rio de Janeiro (cadeiras:Medicina, Química, Matéria Médica e Farmácia) era instituido e o primeiro livro daquela faculdade foi escrito por José Maria Bontempo, primeiro professor de farmácia do Brasil.
Em 1825, ocorre a consolidação do curso com a criação da Faculdade de Farmácia da Universidade do Rio de Janeiro.
Muitos cursos então surgiram. E em 1857, através do decreto 2055, foi estabelecido condições para boticários não habilitados mantessem suas boticas. Isto ocorreu devido a atitude leiga dos legisladores, leigos em questões de farmácia.
Somente em 1886 é que o boticário deixa de existir e a figura do farmacêutico ganha força.
Para exercer a profissão de farmacêutico no Brasil é necessário está escrito no Conselho Regional de Farmácia referente ao estado de atuação.
No Brasil é comemorado no dia 20 de janeiro por tradição o Dia do Farmacêutico.
Ensino farmacêutico no Brasil
A história do ensino farmacêutico no Brasil, inicia-se em 1832, com a Faculdade de Farmácia no Rio de Janeiro associada à Faculdade de Medicina e Cirurgia, e é caracterizada pela tentativa de unificar o modelo educacional. O quadro do farmacêutico ligado somente a medicamentos começa a mudar. Em 1956 o farmacêutico Julio Fernando Flavio obtém um mandato de segurança para ser responsável técnico de seu laboratório de análises clínicas.[6] As alterações mais importantes neste contexto são os currículos estabelecidos em 1962 (parecer CFE 268 - aprovou o Parecer 268/62, fixando um novo currículo de Farmácia, que num primeiro momento etapa formava o farmacêutico e na segunda o farmacêutico-bioquímico.[7]) e de 1969, que regularam a graduação em farmácia até 2002. A década de 80, foi palco de discussões entre os profissionais, em conjunto com a discussão sobre a sua formação devido ao Projeto de Saúde para todos no ano 2000, proposto pela Organização Mundial da Saúde - OMS.
As Diretrizes Curriculares Nacionais de 2002 - DCN (resolução CNE/CES 02/2002) regulamentaram a formação do farmacêutico com o foco de ser um profissional de saúde e atuar também no Sistema Único de Saúde, além de suas funções tradidicionais.
O profissional
Papel do farmacêutico na sociedade
Uma farmacêutica alemã
Uma farmacêutica microbiologistaNo ano de 1997, a Organização Mundial da Saúde, divulgou uma documentação sobre qualidades gerais que o farmacêutico deve possuir (The role of the pharmacist in the health care system - O papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde) Estas qualidades, em número total de 7, deu o nome ao profissional 7 estrelas, são elas:
Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde;
Capaz de tomar decisões;
Comunicador;
Líder;
Gerente;
Atualizado permanentemente;
Educador.
O papel do farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. O farmacêutico representa o órgão de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora. É o atento guardião do arsenal de armas com que o médico dá combate às doenças. É quem atende às requisições a qualquer hora do dia ou da noite. O lema do farmacêutico é o mesmo do soldado: servir.
Um serve à pátria; outro serve à humanidade, sem nenhuma discriminação de cor ou raça. O farmacêutico é um verdadeiro cidadão do mundo. Porque por maiores que sejam a vaidade e o orgulho dos homens, a doença os abate - e é então que o Farmacêutico os vê.
O orgulho humano pode enganar todas as criaturas: não engana ao farmacêutico. O farmacêutico sorri filosoficamente no fundo do seu laboratório, ao aviar um receita, porque diante das drogas que manipula não há distinção nenhuma entre o fígado de um Rothschild e o do pobre negro da roça que vem comprar 50 centavos de maná e sene.
Assistência farmacêutica
A assistência farmacêutica é um conceito que engloba o conjunto de práticas voltadas à saúde individual e coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial. São os farmacêuticos responsáveis por prestar o conhecimento do uso de medicamentos de forma racional.
A Resolução n° 338, de 6 de maio de 2004 do Conselho Nacional de Saúde do Brasil, diz que a assistência farmacêutica é conjunto de ações voltadas à promoção, à proteção, e à recuperação da saúde, tanto individual quanto coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial, que visa promover o acesso e o seu uso racional; esse conjunto que envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.
Ambientes de trabalho do farmacêutico
Análises clínicas
Farmacêuticas trabalhando no laboratórioDe acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde do Ministério da Saúde, existiam até 2007, 12.000 laboratórios de análises clínicas no Brasil.[20] Deste total, em 2008, 5.525 laboratórios de análises clínicas tinham como proprietário um farmacêutico.
Fora isto, muitos farmacêuticos atuam em análises clínicas, porém não são proprietários de laboratório.
O farmacêutico-bioquímico, quando está no ramo dos laboratórios de análises clínicas, atua na realização de exames toxicológicos, laboratoriais, gerenciamento de laboratórios, assessoria em análises clínicas, pesquisa e extensão, garantia e controle de qualidade dos laboratórios de análises clínicas, magistério superior e planejamento e gestão no setor.
Dentre os conhecimentos importantes desta área, valem destacar: bioquímica básica e clínica, hematologia clínica e suas subclasses, tais como coagulação e imuno-hematologia, microbiologia básica e clínica, imunologia básica e clínica, endocrinologia básica e clínica; conhecimento dos líquidos biológicos e derrames cavitários, tais como urina, líquido cefalorraquidiano, esperma, entre outros, parasitologia básica e clínica, micologia básica e clínica, citologia e citopatologia, biologia molecular, controle interno e externo da qualidade laboratorial, fisiologia humana, química analítica e instrumental, toxicologia ocupacional, toxicologia forense e toxicologia ambiental.
Durante sua formação e em sua carreira, o farmacêutico tem conhecimentos aplicados na execução da análise no laboratório e na farmácia comunitária ou comercial, no ato de dispensar o medicamento, quando poderá fazer interpretações dos resultados do exame laboratorial ou análise de alimentos, orientando ao paciente as consequencias do uso do medicamento, adesão ao tratamento e recuperação de sua saúde, realizando assim uma assistência farmacêutica adequada. No laboratório, o farmacêutico prestará orientação sobre a utilização de medicamentos e sua influência nos exames. Ácido acetilsalicílico e corticosteróides são exemplos de medicamentos que podem influenciar no resultado, dificultando a decisão do médico clínico.
Exemplos deste caso, são a administração de isotretinoína, utilizada no tratamento da acne, altamente teratogênico, que necessita de avaliação do hemograma, triglicerídeos, transaminases e fração beta do hormônio corio-gonadotrófico. Medicamentos como o ácido nicotínico, fibratos, estatinas, vastatinas sempre estão juntos dos exames de colesterol total, HDL, LDL, VLDL e triglicerídeos.
O farmacêutico hospitalar é o responsável pelas atividades da farmácia de um hospital.
Tem as funções básicas de selecionar (padronizar), requisitar, receber, armazenar, dispensar (conforme a evolução do sistema, em dose coletiva, individual ou unitária) e controlar os medicamentos (tanto os controlados por lei, quanto os antimicrobianos), observando os ensinamentos da farmacoeconômia, farmacovigilância e das boas práticas de armazenamento e dispensação. Em hospitais onde há serviços de manipulação de medicamentos, o farmacêutico é o responsável, aplicando o ensinamento da farmacotécnica e das boas práticas de manipulação. Ele ainda integra algumas comissões hospitalares, como CCIH (comissão de infecção hospitalar) e CFT (comissão de farmácia e terapia).
Farmácias de manipulação
O farmacêutico magistral utilizando-se de seus conhecimentos de farmacotécnica, é o responsável pela manipulação de medicamentos nas farmácias magistrais, de manipulação ou também conhecidas como galênicas.
Respeitando as normas de boas práticas de manipulação (publicada por autoridades sanitárias), produz medicamentos que têm como grande atrativo a possibilidade de serem obtidos de forma personalizada (tanto na dose, quanto na forma farmacêutica), e poder alterar componentes, de fórmulas industrializadas, que causem alergias em alguns pacientes.
Alimentos e bromatologia
Indústria de fabricação de queijo, um possível local de trabalho do farmacêutico
Criança sendo alimentada com leite vitaminado - produto da bromatologia
O farmacêutico que atua na área de alimentos normalmente exerce suas atividades nas indústrias de alimentos.
Várias são as funções que competem aos farmacêuticos, entre elas: desenvolver métodos de obtenção de produtos alimentares para uso humano e veterinário, análise bromatológica e toxicológica, realização de controle microbiológico, químico e físico-químico das matérias-primas e produtos acabados, atuação no desenvolvimento, produção e controle de qualidade de alimentos, processos fermentativos, nutracêuticos e alimentos de uso enteral e parenteral, atuação na normatização e fiscalização junto à vigilância sanitária de alimentos.
A área de indústria de alimentos não é privativa dos farmacêuticos e outros profissionais podem atuar nesta área.
O farmacêutico bromatologista é aquele que estuda alimentos. Geralmente trabalham em laboratórios de controle de qualidade, inspeção, vigilância sanitárias, desenvolvimento de novos produtos, setor produtivo de indústrias, instituições de pesquisa como universidades e órgãos públicos.
O início da atuação farmacêutica na área alimentícia no Brasil tem início em laboratórios do governo estaduais, onde executa análises bromatológicas químicas. Em 1892 foi criado o Instituto de Análises Químicas e Bromatológicas de São Paulo, depois chamado de Instituto Adolfo Lutz e do Laboratório Bromatológico no Rio de Janeiro. Era feito o controle de bebidas, medicamentos e alimentos
O ensino, iniciou-se em 1911, até este ano os farmacêuticos aprendiam sozinhos o desempenho das funções em bromatologia nos laboratórios oficiais
Um exemplo de sucesso na história é o farmacêutico alemão Henri Nestlé (Heinrich Nestlé), criador da farinha Nestlé e fundador da empresa multinacional Nestlé. Henri, formulou uma farinha à base de leite de vaca em 1867, para o filho de um amigo que negava o leite materno, e esta revelou-se bastante nutritiva.
Cosmetologia
Um sabonete, produto que pode ser desenvolvido por farmacêuticosNa cosmetologia, o farmacêutico cosmetólogo utiliza as habilidades extraídas da farmacotécnica e anatomia, para o desenvolvimento de cosméticos adequados, que diminuam a incidência de alergias e aumentem a qualidade dos produtos, segundo suas funções.
Assim, é possível atuar em farmácias magistrais e também na indústria.
São desenvolvidos e/ou avaliados produtos para tratamento das unhas (esmaltes, removedores, etc), da pele (cremes, loções, óleos, desodorantes, perfumes, protetores solares), para os cabelos (shampoos, cremes de tratamento), entre outros.
Segurança do trabalho
O farmacêutico em segurança do trabalho pode atuar na toxicologia ocupacional, na segurança de trabalhadores expostos a metais como chumbo, mercúrio, cadmio, arsênio, solventes, gases e vapores asfixiantes, agrotóxicos, entre outros. Os riscos ocupacionais também podem ser oriundos de organismos vivos como bactérias e vírus.
Neste ramo de atividade, o farmacêutico que atua em laboratórios, deve estabelecer a rotina correta para os profissionais trabalharem cuidando de sua saúde. Assim ele fiscaliza o uso de equipamentos de proteção individual (EPI's) e utilização segura dos equipamentos, utilizando os procedimentos operacionais padrão, conhecidos como POP's. Dentro deste contexto, ele também tem condições de avaliar a contaminação do ambiente de trabalho.
Toxicologia
De um modo geral, a toxicologia abrange os campos de atuação em toxicologia clínica, toxicologia analítica, toxicologia experimental e toxicologia forense.
A toxicologia para o farmacêutico-bioquímico abrange uma vasta área de atuação. De importância, vale destacar entre outras as áreas de toxicologia ambiental, ocupacional, de medicamentos, cosméticos e social.
A toxicologia ambiental tem como estudo o efeito dos tóxicos contaminantes do ambiente interagindo com os organismos humanos. A toxicologia de alimentos comtempla e avalia as condições de consumo dos alimentos e se podem ser ingeridos ou não.
Já a toxicologia social, estuda os efeitos nocivos causados por uso abusivo e não médico de drogas e medicamentos.
Imunologia
O farmacêutico imunologista atua no desenvolvimento de vacinas e medicamentos que auxiliam no combate a invasores e perturbadores do sistema imune. No auge da Influenza A (H1N1) de 2009, a União Europeia, reuniu grupos farmacêuticos para debater o desenvolvimento de táticas contra a evolução do vírus.
São muitos os exames realizados nesta área, como por exemplo a dosagem das imunoglobulinas IgG, IgM e IgA; Prova de Schick; títulos de iso-hemaglutininas (anti-A e anti-B); contagem e morfologia dos linfócitos; raios-X do timo; provas cutâneas de sensibilidade retardada; leucometria global; prova da redução do nitroblue tretrazolium; dosagem do complemento hemolítico; dosagem de C3; contagem de linfócitos B e T; entre outros.
Farmácia comercial
Local de atuação do farmacêutico comercialO farmacêutico comunitário é aquele que atende o paciente ou utente diretamente no balcão de uma farmácia comunitária, drogaria, ambulatório ou serviço de atenção primária.
Ele analisa a conformidade das prescrições e dispensando os medicamentos, seguido de orientações quanto ao uso racional dos fármacos e adesão à terapêutica. Realiza ainda ações de atenção farmacêutica ou acompanhamento farmacoterapêutico.
O farmacêutico comercial é o co-responsável pela qualidade dos medicamentos dispensados, obedecendo desta maneira, as boas práticas de armazenamento e dispensação.
Tem a função, ainda, de escriturar o livro de registro de medicamentos controlados ou sistema informatizado, prestando contas às autoridades sanitárias, embora em Portugal, este procedimento esteja praticamente ultrapassado, em virtude das farmácias comunitárias possuirem sistemas informáticos creditados pelo Infarmed (Portugal) (Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento), e pela Anvisa (Brasil) (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o que permite dispensar o livro de registos.
A Legislação Brasileira obriga todo local de dispensação de medicamentos ter um farmacêutico responsável durante o período de funcionamento do estabelecimento.
Indústria de medicamentos
O farmacêutico industrial é um profissional que atua na indústria farmacêutica, sendo atribuídas a ele funções que englobam desde a compra de matérias primas para a produção de medicamentos até a etapa final de embalagem e expedição dos produtos fabricados.
Dentre as áreas da cadeia de produção de medicamentos podemos citar também os setores de controle de qualidade, supervisão de produção, desenvolvimento de novos produtos, garantia da qualidade, assuntos regulatórios e farmacovigilância (serviço de atendimento ao cliente) locais onde este profissional deve atuar. São também atribuições o aperfeiçoamento dos processos fabris vigentes e o desenvolvimento de novos fármacos.
As terapêuticas disponíveis pela indústria farmacêutica estão listadas, no Brasil, pelo Dicionário de Especialidades Farmacêuticas (DEF), onde, no qual, ainda estão os endereços e números de telefone dos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC) e endereços dos respectivos laboratórios.
O Conselho Federal de Farmácia é o órgão oficial do Brasil que fiscaliza esta atividade. Além deste órgão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Saúde legislam sobre as atividades inerentes a esta profissão.
Educação
O farmacêutico professor atua em instituições de ensino superior, ministrando as disciplinas de farmacologia, farmacocinética, farmacognosia, farmacotécnica, química orgânica, química farmacêutica dentre outras. Atua também com pesquisador dentro das universidades. A maioria dos farmacêuticos professores possuem mestrado e/ou doutorado em suas áreas de atuação.
Como o farmacêutico possui sólida formação em biologia e química, algumas instituições de ensino médio, também os aceitam como professores destas matérias, também em ensino fundamental na materia de Ciências Biológicas.
Transporte e distribuição
Transporte de medicamentos e produtos de saúde, área de atuação do farmacêuticoA preocupação das agências de saúde, estipulou a obrigatoriedade do farmacêutico nas distribuidoras de produtos farmacêuticos, farmoquímicos e produtos de saúde.
O trabalho consiste em fiscalizar a carga e descarga dos produtos; a temperatura correta do veículo; controle da umidade; controle de pragas e vetores de doença; documentação necessária; validade, lote, armazenamento, automação, etc.
Alguns medicamentos e outros produtos de saúde são alterados, devido a má qualidade no seu transporte. Os fatores que mais influenciam, são a luz, o calor, a umidade e o contato com contaminantes. Assim, o farmacêutico das áreas de transporte organiza e implanta o manual de boas práticas de transporte de acordo com a legislação vigente.
Homeopatia
Medicamento homeopático, produzido exclusivamente por farmacêuticosHomeopatia é um método terapêutico que baseia-se nos princípios estabelecidos por Christian Friedrich Samuel Hahnemann: cura pelos semelhantes, experimentação na pessoa sadia, doses infinitesimais e medicamento único. E desenvolvido por outros inúmeros cientistas como Hering, Kent, Gathak, Mazzi Elizaldi, Flora Dabbah, Margareth Tyler, Juan Gomes entre outros.
O farmacêutico homeopata produz medicamentos homeopáticos, nas diferentes escalas, métodos e formas farmacêuticas, receitados pelo médico, dentista ou veterinário homeopata, além da orientação aos pacientes, quanto ao uso racional, cuidados e importância da prescrição médica.[38]
Vigilância Sanitária
São as ações de fiscalização onde o farmacêutico pode atuar. É proporcionar o controle de qualidade de atendimento, fiscalizar os medicamentos vendidos, verificar se os estabelecimentos seguem as normas, entre outras ações de monitoramento.
Organização mundial
Mundialmente os farmacêuticos são representados pela Federação Internacional Farmacêutica (FIP).
Áreas de atuação do Profissionao farmaceutico
Acupuntura - O farmacêutico, depois de realizar o curso de acupuntura, pode abrir uma clínica e realizar esta prática devidamente regulada pela legislação.
Administração de laboratório clínico - Nas análises clínicas, o farmacêutico pode gerenciar um laboratório. No Brasil existem mais de 5500 laboratórios onde os proprietários são farmacêuticos.
Administração farmacêutica - Desenvolve o uso correto do medicamento.
Administração hospitalar - No decorrer de sua carreira, este possui conhecimentos sobre saúde pública, economia, administração, entre outros, o que o tornam apto para administrar um hospital.
Análises clínicas - Além de gerenciar laboratórios, o farmacêutico possui conhecimentos em hematologia, citopatologia, bioquímica, morfologia celular e outros para o exercício desta função.
Assistência domiciliar em equipes multidisciplinares - Parte da assistência farmacêutica, onde temos o profissional realizando serviços de Saúde da Família.
Atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência - Em serviços de emergência a atuação do farmacêutico pode evitar mortes, onde este, orientado pelo médico prestará o auxílio medicamentoso necessário.
Auditoria farmacêutica - Verifica se a indústria, farmácia, laboratório, etc, estão dentro das normas exigidas pela legislação.
Bacteriologia clínica - Detecta bactérias através de meios de cultura, identifica e faz laudos sobre os achados.
Banco de cordão umbilical - Utilização das células tronco do cordão umbilical, importante para pacientes que necessitam de medula óssea.
Banco de leite humano - O farmacêutico atua nas técnicas de conservação e testes laboratorias em bancos de leite.
Banco de sangue - Coleta, transportes e testes realizados no sangue, para sua posterior utilização.
Banco de sêmen - Conservação, testes da bioquímica do sêmen.
Banco de órgãos
Biofarmácia
Biologia molecular
Bioquímica clínica - Pode realizar a bioquímica do sangue, hemograma, bioquímica da urina, e outros.
Bromatologia - Estuda os alimentos e desenvolve produtos mais nutritivos e saudáveis.
Citologia clínica - Estudo das células na clínica
Citopatologia - Observa se as células apresentam alguma anormalidade que as torne patológica.
Citoquímica - Estuda processos químicos nas células.
Controle de qualidade e tratamento de água, potabilidade e controle ambiental - Nas indústrias a qualidade da água é um fator essencial para a qualidade dos produtos, como exemplo podemos citar os injetáveis.
Controle de vetores e pragas urbanas - Nesta área o farmacêutico estabelece uma rotina para exterminar uma praga urbana.
Cosmetologia - Estudo dos cosméticos, formas de preparo, avaliação química, desenvolvimento, controle de qualidade, etc.
Exames de DNA
Farmacêutico na análise físico-química do solo
Farmácia antroposófica
Farmácia clínica
Farmácia comunitária - nos postos de saúde, clínicas médicas, entre outros.
Farmácia de dispensação -
Fracionamento de medicamentos - Vital para a economia e utilização racional do medicamento.
Farmácia dermatológica
Farmácia homeopática - Dispensa e orienta sobre produtos homeopáticos.
Farmácia hospitalar - É a farmácia com função de atender pacientes internados ou de emergência, onde os cuidados e restrições são especiais.
Farmácia industrial - Produção de medicamentos, alimentos humanos e animais.
Farmácia magistral - manipulação de fórmulas.
Farmácia nuclear (radiofarmácia)
Farmácia oncológica - Produtos específicos para pessoas afetadas pelo câncer.
Farmácia pública - Farmácias dos governos federais, estaduais e municipais.
Farmácia veterinária - Produtos específicos para animais.
Farmácia-escola
Farmacocinética clínica
Farmacoepidemiologia - Controle de pragas e vetores de doenças.
Fitoterapia - Utilização de medicamentos fitoterápicos na cura de doenças.
Gases e misturas de uso terapêutico - Alguns destes gases são usados na anestesia.
Genética humana - Clínicas de reprodução e fertilidade humana
Gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde - O farmacêutico cuida dos materias descartados, com atenção para a contaminação do meio ambiente.
Hematologia clínica - Bioquímica do sangue solicitada pelos médicos para desvendar doenças.
Hemoterapia
Histopatologia - Define se o a composição histológica está normal ou patológica.
Histoquímica - Química dos tecidos.
Imunocitoquímica
Imunogenética e histocompatibilidade
Imunohistoquímica
Imunologia clínica - Testes imunológicos reclamados pela clínica médica.
Imunopatologia
Meio ambiente, segurança no trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social
Micologia clínica
Microbiologia clínica
Nutrição parenteral
Parasitologia clínica - Identifica parasitas.
Saúde pública - Em farmácias de postos de saúde, hospitais, ambulatórios. Assim como na prevenção de doenças.
Toxicologia clínica
Toxicologia ambiental
Toxicologia de alimentos -
Toxicologia desportiva - Busca devendar casos de dopping, ou uso abusivo de substâncias por atletas.
Toxicologia farmacêutica
Toxicologia forense
Toxicologia ocupacional
Toxicologia veterinária - Estuda as substâncias tóxicas que afetam os animais, assim como sua alimentação.
Vigilância sanitária - Fiscalização de estabelecimentos que devem seguir normas da vigilância sanitária do país.
Virologia clínica - Detecção e identificação de vírus causadores de doença.
No setor público
Militar
Fiscal sanitário
Auditor em saúde
Perito criminal
Universidades Federais e Estatuais
Hospitais
Postos de Saúde
Referências:
REVISTA DO FARMACÊUTICO ON-LINE. Assistência Farmacêutica: porque a saúde é sua!.
Assistência Farmacêutica: porque a saúde é sua!. Página visitada em 05/03/2009.
Conselho Federal do Rio de Janeiro.
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO RIO DE JANEIRO.
REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS. Evolução da profissão farmacêutica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Farmacêutico pode trabalhar da drogaria à indústria
Profissão está em expansão por causa das diferentes áreas de atuação.
Na faculdade, aluno terá contato com disciplinas como cálculos, física e química.
Em um país cada vez mais "idoso" e com sérios problemas de saúde pública, como hipertensão, diabetes e obesidade, os farmacêuticos são um dos profissionais que mais têm se destacado na promoção da conscientização dos problemas de saúde.
É por isso que eles encontram pela frente um mercado de trabalho em expansão. Nesta semana, a profissão do farmacêutico é o tema do Guia de Carreiras do G1, que traz dados sobre mercado de trabalho, número de profissionais registrados no país, áreas de atuação, além de uma entrevista com um farmacêutico.
Farmacêutico durante atendimento em farmácia (Foto: CFF/Divulgação)Engana-se quem pensa que o farmacêutico é aquela pessoa que simplesmente fica atrás de um balcão de farmácia prescrevendo os horários nas caixinhas de remédio que foram receitadas pelos médicos. Na verdade, eles são os responsáveis pela farmácia e são a garantia que a população tem de que aquele medicamento está sendo prescrito de forma correta e que não vai causar danos à saúde.
É por isso que desde 1960 existe uma lei federal que tornou obrigatória a presença de um farmacêutico em todos os estabelecimentos do ramo durante todo o tempo que estejam abertos.
Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o fato de o país estar envelhecendo interfere radicalmente na profissão do farmacêutico, pois a pessoa idosa geralmente tem mais de uma patologia (como diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares) e quando procura uma farmácia precisa receber a orientação adequada. Para isso, aponta o CFF, é necessário que o profissional tenha um conhecimento imenso em patologias e farmacologia, disciplinas que ele verá na faculdade.
O curso
O professor Luiz Sidney Longo Junior, coordenador do curso de farmácia-bioquímica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que a graduação forma profissionais generalistas, sem uma especialização específica.
Análise clínica e toxocológica é uma das áreas de atuação (Foto: Divulgação/CFF)Segundo Longo, o aluno sai da faculdade capacitado para trabalhar em qualquer uma das três grandes áreas de atuação: fármacos, medicamentos e cosméticos (para trabalhar em indústrias, drogarias, hospitais e farmácias); análises clínicas e toxicológicas (para trabalhar em clínicas de análise de sangue, fezes, urina ou medicina forense) e alimentos e nutrição (para atuar na indústria de fabricação de alimentos com baixas calorias ou alimentos modificados).
"O farmacêutico generalista consegue atuar em qualquer uma das grandes áreas. A tendência é que ele se especialize em uma delas depois de formado, fazendo um mestrado ou uma pós-graduação", disse o professor.
A professora Débora Torres Mendes de Oliveira, coordenadora do curso de farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também afirmou que hoje a formação do farmacêutico é generalista. "Ele pode trabalhar no balcão de uma farmácia, manipulando medicamentos, pesquisando novos medicamentos, além de poder atuar em programas de saúde pública, de farmácia popular, em levantamentos epidemiológicos", disse.
Algumas disciplinas
Apesar de ser uma graduação da área de saúde, o aluno do curso de farmácia precisa gostar muito de cálculos. Segundo os professores ouvidos pelo G1, logo nos primeiros anos o estudante terá uma base sólida de cálculos e disciplinas como física, ciências matemáticas, química e química orgânica.
"Essas disciplinas de cálculos são muito importantes porque é o farmacêutico que vai estudar a absorção e eliminação de um alimento no organismo humano. Ele precisa saber calcular a dose exata necessária de um remédio para atuar em uma determinada patologia", explicou a professora Débora.
Além disso, o aluno também terá contato com disciplinas mais específicas como farmacotécnica, farmacologia, ciências biológicas, controle de qualidade, citologia clínica e toxicologia, hematologia clínica, alimentos e nutrição.
Fohte G1.com
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Com mais de 104 mil farmacêuticos, mercado continua em alta
Há mais de 50 áreas diferentes de atuação.
Além disso, toda farmácia precisa ter um farmacêutico responsável no local.
Num país onde há quase 75 mil farmácias e drogarias e mais de 104 mil farmacêuticos registrados no Conselho Federal de Farmácia (CFF), o mercado de trabalho ainda está aquecido e consegue absorver a maioria dos profissionais recém-formados, segundo José Elizaine Borges, integrante da Comissão de Farmácia do CFF. Um dos motivos para que isso aconteça é que todas as unidades farmacêuticas precisam ter um farmacêutico responsável no local durante todo o tempo em que permanecem abertas.
Farmacêutica durante pesquisa em laboratório
Além disso, os profissionais formados em farmácia possuem mais de 50 áreas de atuação e, por isso, o mercado cresce cada vez mais. "Os farmacêuticos podem atuar em análises clínicas, farmácias de manipulação, indústria de cosméticos, medicamentos ou alimentos, farmácias comunitárias, programas do governo, enfim, o mercado está muito bom e tem espaço para todo mundo", afirmou Borges.
Uma das áreas de atuação, por exemplo, é no Programa Farmácia Popular, programa do Governo federal que atua em duas frentes: uma parceria entre o Ministério da Saúde e governos e entidades filantrópicas e a expansão do programa através do credenciamento de rede privada de farmácias e drogarias (ou Programa Aqui tem Farmácia Popular).
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Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui 278 unidades funcionando efetivamente e outras 248 habilitadas, mas que ainda não estão funcionando, pois aguardam inauguração. Qualquer pessoa, independente de classe social, pode ter acesso aos medicamentos com desconto pelo Farmácia Popular do Brasil. Basta apenas estar munido da receita médica.
O professor Luiz Sidney Longo Junior, coordenador do curso de farmácia-bioquímica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também concorda que o mercado tem espaço para todos. "Como qualquer estabelecimento precisa ter um farmacêutico responsável, o mercado tem demanda para absorver todos os profissionais", disse.
Fiscalização
O responsável pela fiscalização da atuação dos farmacêuticos é o CFF. Segundo Edson Chigueru Taki, vice-presidente do CFF, a lei que determina a presença de um profissional nas farmácias é de 1960 e não deixa dúvidas. "A presença de um farmacêutico responsável é a garantia que o cliente vai receber a orientação adequada de como tomar um medicamento e de como ele vai interagir no organismo", explicou.
Segundo Taki, os estabelecimentos que não cumprem essa norma são autuados e podem ser multados (com cinco dias para entrarem com recurso e apresentarem a sua defesa) ou interditados porque eles não estão garantindo a qualidade dos serviços prestados.
"O cidadão que souber que um estabelecimento está sem farmacêutico pode denunciar. Este é um direito do usuário, garantido por lei
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