3.31.2010

Hipertensão é doença crônica mais citadas pelos médicos

Hipertensão é doença crônica mais apontada por médicos

Percentual de mulheres com doenças crônicas é superior ao de homens.
Mais 31% dos brasileiros tinham, em 2008, pelo menos uma doença.

A doença crônica mais apontada por médicos ou profissionais de saúde, em 2008, foi a hipertensão. O dado faz parte do suplemento de Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, divulgado nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Em 1998, ainda segundo o IBGE, a hipertensão já era a doença crônica mais citada pela população.


Do total de casos de doenças crônicas diagnosticados no ano, 14% eram de hipertensão, e 13,5% de doença de coluna ou costas. Ainda segundo o estudo, artrite ou reumatismo corresponderam a 5,7% dos casos; bronquite ou asma, a 5%; depressão, a 4,1%; doença de coração, 4%; e diabetes, 3,6%. Os demais casos foram de tendinite, insuficiência renal crônica, câncer, cirrose e tuberculose.

“O Ministério da Saúde, juntamente com o IBGE, está avaliando a possibilidade de realizar um inquérito - inédito no Brasil – para fazer exames de laboratório que mostrem o que adoece o brasileiro”, diz o ministro, José Gomes Temporão, pontuando que os índices divulgados pelo IBGE têm base na palavra da população e não em exames com comprovação científica.

Como medida para o controle da hipertensão e diabetes, o Ministério da Saúde, segundo Temporão, está avaliando a construção de espaços para atividade física dentro do Programa Saúde da Família. O ministro liga diretamente a hipertensão e a diabetes à falta de exercícios físicos e ao sedentarismo.

Ainda segundo o levantamento, em 2008, 31,3% da população brasileira, ou 59,5 milhões de pessoas, tinham pelo menos uma doença crônica, e 5,9% das pessoas tinham três ou mais. As regiões Sul (35,8%) e Sudeste (34,2%) registraram os maiores percentuais de pessoas com pelo menos uma doença crônica, seguidas por Centro-Oeste (30,8%), Nordeste (26,8%) e Norte (24,6%).

Foi observado um percentual de mulheres com doenças crônicas superior ao de homens, com índices, respectivamente, de 35,2% e 27,2%. Segundo Eduardo Pereira Nunes, presidente do IBGE, isso ocorre porque as mulheres vivem em média seis anos a mais do que os homens, e praticam menos atividades físicas, que são uma forma de prevenção a essas doenças.

Em relação à idade, verificou-se que a proporção de pessoas com doenças crônicas crescia conforme aumentava a faixa etária.


“O fato de 59 milhões de pessoas apresentarem doenças crônicas revela que a população está envelhecendo. O aumento da longevidade traz mais problemas de saúde. Os dados mostram que as políticas públicas vão precisar se adequar ao novo perfil da população. Será preciso decompor a população por faixa etária e investir na medicina geriátrica”, afirma Nunes.

O levantamento aponta ainda que, quanto maior o rendimento, maior foi o percentual de pessoas que afirmaram ter ao menos uma doença crônica, entre as 12 analisadas. Entre a população com rendimento de até um quarto do salário mínimo, 20,8% tinham ao menos uma doença. Já entre aqueles com rendimento acima de cinco salários mínimos, o percentual alcançava 38,5%.

São consideradas doenças crônicas as doenças que acompanham a pessoa por um longo período de tempo, podendo ter fases agudas, momentos de piora ou
melhora sensível. A hipertensão, ou pressão alta, é um problema crônico de alterações da pressão arterial, com constantes aumentos e tendência a se manter elevada.

G1.com

Saiba mais:


Doenças crônicas atingem 59 milhões no Brasil, diz IBGE31 de março de 2010 • 11h33 •

Levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, aponta que 59,5 milhões de brasileiros sofrem com pelo menos uma doença crônica. Esse número representa 31,3% da população. A pesquisa tem como base dados de 2008.

Os problemas de saúde tendem a atingir com maior frequencia as mulheres em relação aos homens. Entre o sexo feminino, 35,2% declararam ser portadoras de doenças crônicas, contra 27,2% dos homens.

As doenças crônicas mais frequentes são hipertensão (14% do total), dor na coluna ou nas costas (13,5%) e reumatismo (5,7%). O diabetes afeta 3,6% dos brasileiros.

Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o alto número de pessoas que declararam sofrer de alguma doença crônica deve ser relativizado. "Temos que relativizar este dado. Ele vem de uma entrevista que não tem nenhum grau de avaliação médica por trás disso. Como referência, só as pessoas. O Ministério da Saúde está discutindo este dado com o IBGE", disse.

O presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, afirmou que o instituto já trabalha no desenvolvimento de um novo método de pesquisa. "Em relação ao diagnóstico, o IBGE está para utilizar um novo método junto ao Ministério da Saúde. O indicativo de doença crônica não é proveninente de diagnóstico, mas de um auto-avaliação do indivíduo", disse.

Para Nunes, não há contradição entre o grande número de pessoas que disseram ter doenças crônicas e a boa avaliação que a maioria da população fez de sua saúde (77,3% dos entrevistados disseram estar "bem" ou "muito bem" de saúde).

"A população está envelhecendo. Isto (o alto número de pessoas que dizem sofrer de alguma doença crônica) é reflexo da maior longevidade. Quando crianças e adultos consideram-se com a saúde boa, à medida que envelhecem, ficam com a saúde mais frágil", disse.

Com informações da Agência Brasil.

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