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3.30.2010
Morre o jornalista Armando Nogueira
Jornalista morreu esta manhã, aos 83 anos, vítima de um câncer.
'Foi um dos melhores textos da imprensa brasileira',
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota de pesar nesta segunda-feira
(29) por causa da morte do jornalista Armando Nogueira, ocorrida nesta manhã em seu apartamento na Lagoa, na Zona Sul do Rio, em consequência de um câncer. Ele tinha 83 anos.
"Armando Nogueira foi um dos nomes de maior destaque da história do jornalismo brasileiro, especialmente na televisão e na crônica esportiva," diz a nota.
"Tinha talento de sobra que lhe permitiu atuar em diferentes mídias, sempre com o mesmo brilho e a mesma preocupação com a qualidade do texto e da informação."
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Franklin Martins, também divulgou nota. Segundo Franklin, "Armando Nogueira foi um dos melhores textos da imprensa brasileira. (...) Criativo, elegante, apaixonado pelas palavras, foi um mestre."
Velório no Maracanã
'Ele é o mestre de todos nós', diz filho
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Sílio Boccanera: 'Ele admirava a palavra'
Velório no Maracanã
O velório de Armando Nogueira está sendo realizado na Tribuna de Honra do estádio do Maracanã, nesta segunda-feira.
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Morre, aos 83 anos, o jornalista Armando Nogueira 'Ele admirava a palavra', diz Silio Boccanera sobre Armando Nogueira
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O enterro será na terça-feira (30), às 12h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
Luto oficial O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes anunciaram luto oficial de três dias pela morte “do grande jornalista Armando Nogueira, cujo texto se confunde com os melhores momentos do futebol brasileiro. Um acreano que, na juventude, veio morar no Rio de Janeiro e se transformou em um dos ícones do jornalismo do país”.
Biografia
Torcedor apaixonado pelo Botafogo e, em especial, pelo futebol, participou da cobertura de diversas Copas do Mundo a partir de 1954 e dos Jogos Olímpicos, a partir de 1980.
Armando nasceu no Acre e veio para o Rio de Janeiro com 17 anos, onde se formou em direito. A carreira de jornalista começou em 1950, no jornal Diário Carioca, onde foi repórter, redator e colunista. Ao longo dos 60 anos de carreira, passou também pela Revista Manchete, O Cruzeiro e Jornal do Brasil.
O jornalista trabalhou ainda na Rede Bandeirantes, e atualmente estava no SporTV, onde apresentava o programa Papo Com Armando Nogueira, e na Rádio CBN, onde participava do CBN Brasil.
Escreveu textos para o filme "Pelé Eterno" (2004) e é autor de dez livros, todos sobre esporte: Drama e Glória dos Bicampeões (em parceria com Araújo Neto); Na Grande Área; Bola na Rede; O Homem e a Bola; Bola de Cristal; O Vôo das Gazelas; A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar (em parceria com Jô Soares e Roberto Muylaert), O Canto dos Meus Amores; A Chama que não se Apaga, e A Ginga e o Jogo.
Algumas pérolas inesquecíveis do grande jornalista:
O Rei e a bola
"Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."
Mané e o drible
"Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio."
Perfeição
“A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus.”
Habilidade
"No futebol, matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica."
Humor
"Anúncio: troco dois pés em bom estado de conservação por um par de asas bem voadas."
Crítica
"Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão"
Ídolos
"Heróis são reféns da glória. Vivem sufocados pela tirania da alta performance"
Enciclopédia
"Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto! Eras um só, Nílton Santos".
Zico
"A bola é uma flor que nasce nos pés de Zico, com cheiro de gol."
O gol
“Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro."
G1.com
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