8.27.2012

Descompasso em reações de defesa do organismo pode causar fobias

 (Janey Costa)
O ser humano é um caldeirão de sentimentos. E mesmo aqueles que inicialmente consideramos algo negativo, como o medo e o estresse, agem em nossa defesa. O medo nos torna mais cautelosos e nos freia contra impulsos que poderiam ser perigosos. Imagine o que seria do homem que se embrenhasse em uma floresta sem uma bússola, um GPS ou uma arma para o caso de ataque de um animal? Cientificamente falando, o estresse é também uma reação de defesa do organismo, principalmente quando atacado por um agente externo, como bactérias e vírus.

Segundo o diretor científico de medicina psicossomática da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Geraldo Caldeira, o medo é uma reação que o indivíduo tem diante de um perigo conhecido, como um animal ou um avião. “Quando não exagerado, é bom por nos tornar preventivos. Quando extrapolado, vira fobia. É como ter pânico de barata. Na realidade, o problema não está na barata em si, mas no fato de ela se tornar a projeção de algum conflito inconsciente da pessoa”, esclarece.

Por outro lado, há quem veja no medo um motivo de vergonha e acabe se expondo a riscos desnecessários. O medo provoca reações psicofísicas, fazendo com que a pessoa fique assustada e ansiosa. Na preparação para a luta ou para a fuga, para encarar ou para se afastar da razão do medo, há um aumento da adrenalina, da noradrenalina e da cortisona, produzidas pela glândula suprarrenal. Também elevam-se a produção de glicose e a pressão arterial. A glicose é deslocada para os músculos, a fim de dar mais energia, e para o cérebro, deixando o indivíduo mais atento. “Quando o organismo foge da situação de medo, aos poucos, as coisas serenam. Quando enfrenta, produz endorfina, que faz o indivíduo não sentir dor, ficar menos cansado e se sentir menos ameaçado”, a


Humberto Siqueira - Estado de Minas
Carolina Lenoi

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