Informação é da Aneel
Segundo ele, a determinação de cortar energia foi preventiva para equilibrar o sistema. Vinte minutos antes, o consumo atingira o pico nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. “Uma coisa é você desligar com controle. Outra coisa é perder o controle e perder todas as usinas. Aí, o desastre é maior”, afirmou.
Barros alegou que quando se percebe que o consumo é superior à capacidade de produção deve-se cortar a carga para equilibrar o sistema. “Do contrário, coloca-se o sistema em risco”, disse.
A afirmação de Barros desmente
informação divulgada na segunda-feira pelo ministro das Minas e Energia,
Eduardo Braga, de que houve uma falha no sistema e não problemas na
capacidade. “Houve uma falha técnica. Se não houvesse essa falha, não
teria a queda de eenergia”, afirmara Braga.
Mas, de acordo com o Operador
Nacional do Sisstema Elétrico (ONS), a informação do ministro estava
errada e na tarde de segunda-feira foi registrado aumento da demanda no
horário de pico, o que provocou a redução na frequência elétrica. Reive
Barros explicou que, por isso, foi programada a redução de 5% do consumo
de energia, para que o controle do sistema fosse garantido.
Ele alegou que o país está enfrentando situação
de baixo nível dos reservatórios e elevado consumo de energia. E que o
ONS monitora variações de demanda para evitar colapsos. “Principalmente
em função do verão, com altas temperaturas e, consequentemente, um
índice de utilização do sistema de refrigeração elevado. Os dois fatores
fazem com que a operação do sistema seja feita com mais cuidado.”
André Pepitone, também diretor da Aneel, ressaltou que o fornecimento normal de energia foi retomado em cerca de uma hora, o que provaria a “robustez” do Sistema e que todos os equipamentos funcionaram. Mas admitiu que há riscos por causa da estiagem. “Este ano exige atenção. Tem que torcer para chover, não é?”.
Braga volta a falar em falha técnica
Apesar da confirmação pela Aneel de que o corte de energia em 10 estados e no Distrito Federal foi causado pelo consumo elevado, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, repetiu ontem que não houve falha técnica. Segundo o ministro, o problema foi na linha de transmissão que leva energia do Norte para as regiões Sul e Sudeste.
Apesar de negar a falta de energia para atender à demanda, Braga informou que, até 18 de fevereiro, a Petrobras retomará a geração de 867 megawatts de energia térmica de uma usina parada para manutenção. Segundo ele, alternativas estão sendo estudas, inclusive geração de energia adicional de Itaipu, para reforçar o sistema, até que os problemas, que, segundo ele, houve na Linha Norte-Sul sejam superados.
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